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Projeto da Arena já com a área total necessária para a edificação no padrão Fifa | Divulgação/Atlético
Projeto da Arena já com a área total necessária para a edificação no padrão Fifa| Foto: Divulgação/Atlético

No termo de conduta que deverá ser assinado entre o Atlético, prefeitura e governo estadual haverá uma cláusula para limitar o valor do financiamento para a finalização da Arena. Embora ainda não tenha sido feita a vistoria no estádio rubro-negro para se saber qual o real custo da obra, o poder público local só emprestará, no máximo, R$ 90 milhões.

"Esse é o valor do potencial cons­­trutivo que vai ser oferecido ao Atlético. É o que a prefeitura e o governo vão assumir usando os títulos imobiliários como garantia. O resto é por conta do clube. Se for mais R$ 10, 30, 40 milhões é problema do Atlético", garante o secretário especial para assuntos da Copa de 2014, Algaci Túlio.

Depois de um mês da última reunião entre as três partes, na sex­­ta-feira finalmente deverá ser assinado o acordo. Nele, além de constar as cifras de potencial construtivo que será cedido ao Atlético, fi­­ca­­rão detalhados todos os passos a se­­rem seguidos pelo clube e as ad­­ministrações estadual e municipal até se chegar ao começo efetivo da construção.

O caminho ainda é longo e tortuoso. Quinta-feira, um dia antes da assinatura, a Procura­­doria Ge­­ral do Estado, Secretaria da Fa­­zen­­da, Comitê da Copa e o governador Orlando Pessuti deverão bater o martelo sobre o projeto de lei que será enviado à Assembleia Legis­­lativa. A norma, tudo indica, autorizará os políticos a utilizarem o Fundo de Desenvolvimento Eco­­nômico. Tal recurso será então re­­passado à construtora, que terá os títulos imobiliários como fiança.

Paralelamente a isso, a prefeitura deverá fazer o mesmo com a Câ­­mara de Vereadores para legalizar a cessão do potencial construtivo ao Rubro-Negro. Nesse caso, pe­­quenos detalhes ainda faltam para que a solução jurídica seja concluí­da.

"Estamos finalizando o Projeto de Lei, mas até o dia 15 ele será en­­viado à Câmara dos Vereadores", garante o gestor para assuntos da Copa da prefei­­tura de Curitiba, Luiz de Carva­­lho. Ele também confirmou que o valor máximo do po­­tencial a ser cedido ao Rubro-Negro é R$ 90 milhões.

O Atlético espera a assinatura do termo para contratar a empresa responsável por finalizar seu estádio. Contudo, a obra só poderá iniciar depois de os projetos de lei se­­rem aprovados. Se na Assembleia não deverá haver muito problema, na Câmara co­­meça a se armar uma oposição.

Veradores como Jair Cézar e Johnny Stica já se posicionaram contra a cessão dos títulos por considerarem que isso configuraria uso de dinheiro público em uma obra particular. A oposição afirma que teria apoio de quase metade da casa.

Por isso, já haveria uma pressão para que o processo municipal sofresse uma aceleração para não correr o risco de ser votado apenas após o pleito eleitoral e, daí, ficar em parte na dependência mais do resultado sobre quem será o novo governador do estado.

O Atlético espera começar a fase final da edificação, nos pa­­drões da Fifa, já nos primeiros dias de janeiro.

Para fechar a conta sem riscos fu­­turos, anteprojetos de lei que pre­­veem a isenção tributária para fatos ligados ao Mundial também devem ser colocados em prática, apesar de uma certa morosidade dos deputados e vereadores.

Com isso, especula-se um barateamento de 25% na execução final do Joa­­quim Américo. Os R$ 138 milhões avaliados para concluir a Arena, com o benefício, caíriam para cerca de R$ 100 mi­­lhões. A renúncia fiscal, a rigor, também é vista como uma injeção indireta de dinheiro público no pa­­trimônio privado.

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