O título da Série B ainda não foi totalmente saboreado pela torcida. Faltaram a volta olímpica e a costumeira festa no Couto Pereira. Porém o torcedor coxa-branca pode começar a contagem regressiva para a "festa oficial", marcada para o próximo sábado, dia 27, às 17 horas, no jogo diante do Guaratinguetá.
Mesmo sem todos os ingredientes que uma comemoração desse porte pede, a torcida não deixou a volta da equipe para Curitiba, após o empate por 2 a 2 com o Icasa, em Juazeiro do Norte, passar em branco. Cerca de duas mil pessoas aguardavam a chegada do equipe no Aeroporto Afonso Pena desde as 11 horas. De lá, seguiram em carreata até o Couto Pereira, onde jogadores e torcida entraram em comunhão, com a sensação de alívio e de dever cumprido.
"Queremos prestigiar o nosso sócio e valorizar o jogo do próximo sábado, quando haverá a entrega de faixa dos campeões da Série B", explicou o vice-presidente do Coritiba, Vílson Ribeiro de Andrade, sobre a decisão da cúpula alviverde de não promover uma festa oficial neste domingo. Só que, de alma lavada, os torcedores não quiseram saber de esperar uma semana para celebrar a conquista. Improvisaram ontem mesmo uma festa verde e branca. "Fomos campeões contra todos. Só os grandes caem e se levantam", afirmou Reinaldo Gonçalves, de 58 anos, dando o sentimento de quem foi recepcionar a delegação.
Pouco depois do meio-dia, a delegação desembarcou em Curitiba por uma saída lateral do aeroporto, passando de ônibus em frente ao ponto onde a torcida se concentrava. O goleiro Édson Bastos e o zagueiro Jéci, dois líderes do elenco, saíram para saudar os fãs, enquanto boa parte dos jogadores comemorou em cima do ônibus.
Parte da torcida explicou as razões para uma mobilização menor do que a vista em 2007, quando a carreata literalmente parou a Avenida das Torres. "Como o título foi light, a torcida não veio como em 2007", opinou Alexandre Panizzi, de 36 anos. "Pousar na hora do almoço complica as coisas. Da outra vez, eles chegaram às 15 horas", disse o torcedor Aquino Voltaire Tavares, de 53 anos.
Ao todo, a Polícia Militar diz que 10 mil pessoas participaram da espera no aeroporto, carreata e festa no estádio. Agora, a esperança dos coxas-brancas é reviver a tranquilidade deste ano em 2011. "Foi um ano tranquilo, sem sofrimentos. E, no ano que vem, vai ser melhor, se Deus quiser", afirmou Marilene Geronasso, de 60 anos.
Sem trio elétrico ou carro de bombeiros, a comemoração se concentrou na Rua Mauá, enquanto os jogadores celebravam de dentro do estádio, em cima de um muro. O Couto Pereira não foi aberto ao público.
"Foi um ano difícil, em razão das viagens e do desgaste. Por isso este título é tão saboroso", disse o capitão Jéci, enquanto distribuia autógrafos em bandeiras e camisas que eram jogadas para os atletas pela multidão.
A confraternização entre elenco e fãs serviu de alívio pelo fim do tormento da Segundona e de aquecimento para sábado, quando a torcida espera completar a festa dentro de casa.
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