Em uma comemoração improvisada pelos torcedores, os jogadores saudaram os fãs de cima de um ônibus. Reencontro para a festa oficial está marcado para sábado| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Em pé: Jéci, Édson Bastos, Lucas Mendes, Cleiton, Tcheco, Marcelo Giacomelli (preparador de goleiros) e Bráulio Moreira Jr. (médico). Agachados: Leonardo, Angelo, Marcos Aurélio, Rafinha, Leandro Donizete e Willian

O título da Série B ainda não foi totalmente saboreado pela torcida. Faltaram a volta olímpica e a costumeira festa no Couto Pereira. Porém o torcedor coxa-branca pode começar a contagem regressiva para a "fes­­ta oficial", marcada para o próximo sábado, dia 27, às 17 horas, no jogo diante do Guaratinguetá.

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Mesmo sem todos os ingredientes que uma comemoração desse porte pede, a torcida não deixou a vol­­ta da equipe para Curitiba, após o empate por 2 a 2 com o Icasa, em Juazeiro do Norte, passar em branco. Cerca de duas mil pessoas aguardavam a chegada do equipe no Ae­­ro­­porto Afonso Pena desde as 11 ho­­ras. De lá, seguiram em carreata até o Couto Pereira, onde jogadores e torcida entraram em comunhão, com a sensação de alívio e de dever cumprido.

"Queremos prestigiar o nosso sócio e valorizar o jogo do próximo sábado, quando haverá a entrega de faixa dos campeões da Série B", ex­­pli­­cou o vice-presidente do Cori­­ti­­ba, Vílson Ribeiro de Andrade, so­­bre a decisão da cúpula alviverde de não promover uma festa oficial neste domingo. Só que, de alma lavada, os torcedores não quiseram saber de esperar uma semana para celebrar a conquista. Improvisaram on­­tem mesmo uma festa verde e branca. "Fomos campeões contra todos. Só os grandes caem e se levantam", afirmou Reinaldo Gonçalves, de 58 anos, dando o sentimento de quem foi recepcionar a delegação.

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Pouco depois do meio-dia, a delegação desembarcou em Curitiba por uma saída lateral do aeroporto, passando de ônibus em frente ao ponto onde a torcida se concentrava. O goleiro Édson Bastos e o zagueiro Jéci, dois líderes do elenco, saíram para saudar os fãs, enquanto boa par­­te dos jogadores comemorou em cima do ônibus.

Parte da torcida explicou as ra­­zões para uma mobilização menor do que a vista em 2007, quando a car­­reata literalmente parou a Ave­­nida das Torres. "Como o título foi ‘light’, a torcida não veio como em 2007", opinou Alexandre Panizzi, de 36 anos. "Pousar na hora do al­­moço complica as coisas. Da outra vez, eles chegaram às 15 horas", disse o torcedor Aquino Voltaire Ta­­va­­res, de 53 anos.

Ao todo, a Polícia Militar diz que 10 mil pessoas participaram da es­­pera no aeroporto, carreata e festa no estádio. Agora, a esperança dos coxas-brancas é reviver a tranquilidade deste ano em 2011. "Foi um ano tranquilo, sem sofrimentos. E, no ano que vem, vai ser melhor, se Deus quiser", afirmou Marilene Geronasso, de 60 anos.

Sem trio elétrico ou carro de bom­­beiros, a comemoração se concentrou na Rua Mauá, enquanto os jogadores celebravam de dentro do estádio, em cima de um muro. O Couto Pereira não foi aberto ao público.

"Foi um ano difícil, em razão das viagens e do desgaste. Por isso este título é tão saboroso", disse o capitão Jéci, enquanto distribuia autógrafos em bandeiras e camisas que eram jogadas para os atletas pela multidão.

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A confraternização entre elenco e fãs serviu de alívio pelo fim do tormento da Segundona e de aquecimento para sábado, quando a torcida espera completar a festa dentro de casa.