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Lazaro Alvarez Estrada é uma das forças cubanas no boxe | Jack Guez/AFP
Lazaro Alvarez Estrada é uma das forças cubanas no boxe| Foto: Jack Guez/AFP

Cada um por si, todos por Cuba. Sem representantes em esportes coletivos, a ilha caribenha tenta melhorar o desempenho dos Jogos de Pequim baseando-se somente em resultados individuais. Proposta modesta, considerando que entre os cubanos a Olimpíada na China foi abaixo da média, com 24 medalhas, sendo 2 de ouro, 11 de prata e 11 de bronze, que lhes deu apenas o 28.º lugar.

Com um total de 116 atletas – contra os 162 de Pequim – em 13 esportes, a ilha já conquistou os mesmos dois ouros em Londres – um no judô, com Idalys Ortiz, e no tiro esportivo, com Pupo Leuris. "Essa medalha vale ainda mais", afirmou o técnico de Idalyz, Roberto Veitía. Primeiro, explica, porque desde os Jogos de Sydney-2000 Cuba não ganhava um ouro olímpico na modalidade. E, segundo, porque reforça a força do país nas competições individuais, avisa.

Os caribenhos depositam fortes esperanças de dobrar a quantidade de primeiros lugares no corredor Dayron Robles (110 metros com barreira), que terá a primeira eliminatória amanhã, e no lutador de grego-romana Mijaín Lopes Nunez, que hoje disputa, às 9h45, as oitavas de final da categoria até 120 quilos. Ambos foram ouro há quatro anos.

Ainda assim, a atual delegação de Cuba em nada lembra a que, até Atenas-2004 ficava entre os 15 primeiros colocados no ranking de medalhas. "Antes o investimento era forte e igual para todas as modalidades. Não sei se segue assim, mas nos esportes individuais eles vêm competir como guerreiros. Devem conseguir pelo menos um ouro no boxe, algo que não conseguiram há quatro anos", aposta o chefe da seleção brasileira de boxe, o cubano Otílio Toledo, que há 15 anos mora no Brasil.

Dos nove boxeadores cubanos na competição, cinco seguiram às quartas de final. Em Pequim, oito foram à semifinal, com oito bronzes, causando frustração e a renovação forçada do time, que hoje tem média de 22 anos.

"Vemos isso como um retrocesso. É um reflexo da crise financeira no país. A situação mais crítica, porém, é mesmo no voleibol feminino, em que somos tricampeões olímpicos [1992, 1996 e 2000]", lamenta o comentarista esportivo da Televisão Nacional de Cuba, Modesto Agüero. Já o beisebol deixou de ser modalidade olímpica. A equipe não tinha verba para viajar para o Pré-Olímpico do Japão, e mesmo com dinheiro emprestado na última hora, não conseguiu a classificação.

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