Apito aumenta a agonia e o drama do Atlético

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Parecia que o Atlético voltaria a vencer a Arena após cinco jogos e mais de um mês de desilusões. Mas ficou no quase. Graças à interferência do árbitro Wagner Reway, nascido em Cascavel, mas registrado pelo Mato Grosso, que marcou um pênalti no mínimo questionável aos 46 minutos do segundo tempo. Fred concluiu, empatando a partida (1 a 1) e aumentando o jejum e a agonia do Rubro-Negro.

A penalidade foi o estopim para a confusão tomar conta do estádio. Torcedores organizados pressionaram a saída do trio de apitadores, que só deixaram o campo escoltados pela polícia – a fúria de alguns atleticanos só foi contida com tiros de bala de borracha e golpes de cassetete.

"É a segunda vez que um árbitro vem aqui e prejudica a nossa equipe. Nós trabalhamos a semana inteira e acontece isso", reclamou o meia Paulo Baier, autor do gol do Furacão, o seu primeiro neste Brasileiro – o veterano não balançava as redes desde 4 de maio.Baier fez referência ao empate por 2 a 2 com o Palmeiras (7/9). Na ocasião, o diretor de futebol Alfredo Ibiapina invadiu o gramado para protestar com o juiz Marcelo de Lima Henrique (RJ). Situação que foi parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Julgada na semana que passou, o ato intempestivo de Ibiapina não acarretou em perdas de mando ao Atlético. Apenas uma multa de R$ 20 mil. A procuradoria do órgão decidiu não recorrer. Mas pode fazer nova denúncia pelos incidentes de sábado.

"Eu acho que a arbitragem contribuiu [para o resultado]. Tem um porcentual altíssimo no resultado. Mas, mesmo assim, poderíamos ter feito os gols e vencido a partida", ressaltou o técnico Antônio Lopes. "Perdemos um pênalti. Se tivéssemos feito o gol, teríamos vencido por 2 a 1", emendou o treinador.

Resultado ruim para o Rubro-Negro, que segue afundado na zona de rebaixamento com 24 pontos, a 3 do Ceará, o primeiro fora da incômoda área. O Atlético volta a campo no próximo domingo, contra o Internacional, na Arena. Mais uma chance de voltar a vencer. De acabar com o jejum. Com a agonia. E devolver um pouco de paz para a torcida.