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O Paraná pressionou, encurralou o favorito Corinthians, mas não conseguiu driblar a arbitragem. A derrota por 1 a 0, ontem, no Pacaembu, segunda consecutiva no Brasileiro, deixa o sonho tricolor de chegar à Libertadores mais distante. Com 51 pontos, a distância para o quarto colocado Fluminense, o último a se classificar para o principal torneio da América do Sul atualmente, passou para quatro pontos.

Administrar a pressão durante os primeiros 15 minutos, para depois, com a posse de bola, cadenciar o jogo e buscar o gol da vitória nos contra-ataques. Essa era a estratégia do técnico Luiz Carlos Barbieri para brecar o líder Corinthians. A tática, porém, caiu por terra quando faltava apenas três minutos para atingir o tempo limite.

Marinho roubou (com falta) a bola de Borges no meio-de-campo. O árbitro carioca Djalma José Beltrami Teixeira desconsiderou a infração e o lance teve prosseguimento com o ex-zagueiro atleticano lançando Rosinei. De primeira, o camisa 8 acionou Nilmar. Como um autêntico ponta-direita, o atacante passou como quis por Aderaldo e bateu cruzado. Flávio espalmou para o meio da área e Neguette não acompanhou Tevez, que, livre, só empurrou para o gol.

Por incrível que pareça, a desvantagem fez bem ao Tricolor. Com os nervos controlados, a equipe aos poucos se assentou em campo. Encarando as feras alvinegras de igual para igual, o Paraná teve duas oportunidades, sempre com o artilheiro Borges, de empatar a partida. O Timão, por sua vez, abusava do talento de sua linha de frente, apelidada de "Quadrado Mágico" por Antônio Lopes. De pé em pé, sempre com troca rápida de passes, os corintianos invariavelmente levavam vantagem sobre o desatento trio defensivo paranaense.

No segundo tempo, porém, Barbieri trocou Mário César por Beto para melhorar a marcação do time. Deu certo. Sem correr tantos riscos e aproveitando-se do cansaço do Corinthians, envolvido numa maratona de jogos, o Paraná parou o adversário. Mas aí brilhou a estrela de Fábio Costa, que em duas oportunidades, em chutes à queima-roupa de André Dias e Aderaldo, manteve o Timão com seis pontos de vantagem sobre o vice-líder Goiás.

No fim do jogo, a resignação de Borges com a arbitragem. "É engraçado. Quando eu disputava o lance com o Marinho, o juiz marcava falta minha. O Tevez fazia a mesma coisa e a falta era a favor do Corinthians. Assim fica difícil", afirmou o atacante, que reclamou ainda de um pênalti não assinalado de Wendel, que colocou a mão na bola.

Em São Paulo

CORINTHIANS 1 x 0 PARANÁ

Corinthians

Fábio Costa; Eduardo Ratinho, Marinho, Betão e Gustavo Nery; Wendel, Marcelo Mattos, Rosinei e Roger; Tevez e Nilmar.Técnico: Antônio Lopes.

Paraná

Flávio; Marcos, Neguette e Aderaldo; Neto, Pierre (Rafael Mussamba), Mário César (Beto), Éder (Maicosuel) e Edinho; André Dias e Borges. Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

Estádio: Pacaembu. Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ). Gol: Tevez (C), aos 13’ do 1.º. Amarelos: Marcelo Mattos, Betão e Marinho (C); Borges e Neguette (P).

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