Acesso e descenso não serão realidades presentes apenas na rotina dos clubes a partir do Campeonato Paranaense de 2010. A principal competição do estado irá inaugurar o ranking da arbitragem local, que distribuiu apitadores e assistentes em seis categorias. Os postos não são fixos. Assim, o desempenho dentro de campo irá definir promoções e rebaixamentos ao longo da temporada.
"Quem está em uma categoria superior terá de se esforçar para se manter na categoria e quem está em uma categoria inferior também terá de trabalhar para subir de categoria", resume o presidente da Comissão de Arbitragem, Afonso Victor de Oliveira, à frente do ranqueamento da classe, iniciativa já tomada em São Paulo.
Foram levados em conta o desempenho nos últimos três anos, idade e o nível cultural para distribuir os 344 profissionais nas categorias Fifa, CBF, Especial, Intermediária, Básica e Iniciante. Somente quem estiver nas três primeiras classificações poderá trabalhar na Primeira Divisão. Os demais serão escalados no Acesso, Terceira Divisão, categorias de base e futebol amador, lógica que diminui a chance de árbitros da capital dos três níveis básicos de trabalhar em partidas profissionais.
"Sou de Curitiba, mas os principais times da Série Prata (Acesso), por exemplo, são do interior. Assim, quase não tem jogo para apitar", aponta Helanderson Carneiro Roseira, da categoria Intermediária. "São apenas dois árbitros na categoria Fifa, seis na categoria CBF. Ao mesmo tempo em que motiva a melhorar, ele (o ranking) desmotiva porque é muito restrito", prossegue.
Integrante da categoria Básica, Cristiano Eduardo Gorski da Luz apoia o ranking, por traçar metas claras de como subir na arbitragem local. "A partir do momento em que surgiu, nós das categorias mais baixas vimos isso de forma positiva. Poder subir de categoria é um incentivo a mais para os árbitros de todas as categorias", diz.
Integrante da categoria Fifa, Evandro Rogério Roman vê o ranking como "prêmio o bom desempenho dos árbitros". "A partir do momento em que você sabe que necessita desempenhar de acordo com a necessidade do campeonato, você tem que se preparar, tanto psicológica quanto fisicamente", diz Roman, acompanhado na subdivisão mais nobre pelo também árbitro Héber Roberto Lopes e o assistente Roberto Braatz.
Outra novidade no apito afetará diretamente o bolso dos árbitros e dos clubes. Os clássicos (mínimo de três e máximo de seis) pagarão taxa de Fifa. Para o cabeça do trio, R$ 1,8 mil na primeira fase e R$ 2,5 mil no octogonal. Para cada assistente, R$ 900 e depois R$ 1,1 mil. Um reajuste que varia de 50% a 66,6%.
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