O jogo
No terceiro empate em casa, Tricolor sofre com mau futebol
Paraná e Cascavel fizeram um jogo horroroso no sábado, na Vila Capanema. Durante os 90 minutos de bola rolando (ou melhor, quicando, em virtude do péssimo estado do gramado), sobraram encontrões, faltas, chutões e, principalmente, passes errados.
Nesse cenário, os gols só poderiam mesmo sair de lances pelo alto. E o primeiro beneficiado foi o dono da casa, com o zagueiro Luís Henrique, de cabeça, aos 10 minutos da etapa inicial. Pouco mais de 10 minutos depois, a Cobra empatou, também de cabeça, com Irineu.
"Saímos no lucro no primeiro tempo. Mas no segundo nós melhoramos, reagimos bem e poderíamos ter alcançado uma vitória", comentou o técnico Marcelo Oliveira.
Destaque das vitórias sobre o Coritiba (1 a 0) e Cerâmica-RS (6 a 1), o meia Márcio Diogo fez análise parecida. "Mais um empate dentro de casa na competição (o terceiro), isso nos complica na classificação. Nós jogamos bem, principalmente, no segundo tempo, mas infelizmente a vitória não veio", disse.
No sábado à noite, o Paraná entrou em campo visando a uma vitória sobre o Cascavel para, depois de vencer o Coritiba e o Cerâmica-RS, chegar ao terceiro triunfo consecutivo em sete dias fechando a "semana perfeita". Porém, da teoria à prática, o Tricolor somente empatou com a Cobra, por 1 a 1, no Durival Britto. Assim, nada muda entre os paranistas. Rodada vem, rodada vai, a equipe do técnico Marcelo Oliveira segue preocupada com o futuro. Afinal, disputadas dez partidas do Estadual, o Paraná ainda não conseguiu nem sequer firmar-se entre os oito classificados à segunda fase. Com o resultado de sábado, segue com o perigo de não avançar à próxima fase, ameaçado na 8.ª posição. Ao mesmo tempo, busca a continuidade na competição e precisa fugir da zona do rebaixamento. Situação que há algum tempo deixou de ser novidade na Vila Capanema. "Nós fizemos uma mobilização muito grande para alcançar a terceira vitória seguida, começar a semana bem, mas esbarramos na parte técnica. Por uma pressão emocional, pelo gramado e pelo adversário, que jogou muito bem. Foi um resultado ruim dentro da nossa expectativa, mas temos que seguir com o trabalho", comenta Marcelo Oliveira.
Como trunfo para a equipe, uma semana "cheia" de trabalho pela frente. "Teremos muito trabalho técnico, de toque de bola, finalização, dois toques. Coisas que temos falhado e ainda não tivemos tempo de fazer. Principalmente, finalização. Temos criado chances, mas elas não estão sendo aproveitadas", revela o treinador.
Correções para dentro de campo e oportunidade de acertar também a parte psicológica. "Vamos ter de vencer de qualquer forma daqui para a frente. Mas é importante nós mantermos a calma, acima de tudo. Ainda não encontramos o equilíbrio para jogar sempre bem", diz o atacante Marcelo Toscano, principal esperança da torcida.
No próximo domingo, o Paraná vai a Prudentópolis, para enfrentar o Serrano. Depois, joga em Curitiba contra o Nacional. E no dia 21 de março, enfrenta o Toledo no interior do estado.
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