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Rafinha se diz feliz na Alemanha, mas não descarta mudar de clube ao final desta temporada | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Rafinha se diz feliz na Alemanha, mas não descarta mudar de clube ao final desta temporada| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Maior revelação da história do Coritiba em termos financeiros, o lateral-direito Rafinha completa neste ano a sua quarta temporada na Alemanha. Aos 23 anos, o jogador é ídolo do Schalke 04 e mostra-se muito bem adaptado ao frio e ao pragmático futebol alemão. Entretanto, o jogador já insinua deixar Gelserkinchen na sua busca por títulos e pela seleção brasileira que vai a Copa do Mundo de 2010.

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo Online, Rafinha também não deixa de falar do Coritiba, clube pelo qual o londrinense despontou para o futebol. A sua venda ao Schalke resultou em 5 milhões de euros para os cofres do Alviverde, valor até hoje inigualado por qualquer negociação do time coxa-branca. Ele espera voltar a vestir a camisa do clube um dia, mas antes tem outros planos.

Confira o papo com o lateral na íntegra:

Gazeta do Povo Online – Rafinha, o seu nome foi envolvido nos últimos dias em especulações que te colocam na Juventus de Turim e no Bayern de Munique na próxima temporada. Chegou algo concreto destes clubes ou de algum outro para você?

Rafinha – Não. Eu realmente soube que o interesse existe, e se for uma coisa boa para o clube e para mim, nós sentamos e conversamos a respeito, juntamente com meus empresários, que cuidam disso para mim.

Gpol – Seria este o momento de você deixar o Schalke? Você está no clube desde 2005, e o próprio porte do time não vem permitindo grandes conquistas dentro e fora da Alemanha.

R – Claro que eu quero jogar em outros clubes, mas estou feliz aqui, pois o Schalke é um grande clube. Quero estar numa equipe que disputa todo ano na Liga dos Campeões. Este é o meu objetivo e, aparecendo mais, isso vai me ajudar a minha volta para a seleção brasileira.

Gpol – Em todo este período que você está ai, quais as principais dificuldades e diferenças de adaptação, tanto ao país quanto ao futebol alemão? Os treinadores, por exemplo, são muito diferentes dos nossos?

R – No primeiro ano foi difícil, mas agora eu estou adaptado. Só tenho um problema até hoje com o clima, que é muito frio.

Gpol – Sair da Alemanha neste momento não poderia reacender as suas esperanças de voltar à seleção brasileira?

R – Com certeza. Eu fui convocado cinco vezes jogando pelo Schalke, mas estávamos jogando a Liga dos Campeões...

Gpol – O Dunga tem dado preferência ao Maicon e o Daniel Alves nas suas convocações mais recentes. Você conseguir digerir estas preferências numa boa, ou acredita que não teve todas as chances que precisava para mostrar o seu potencial?

R – Eu aceito na boa porque o Maicon e o Daniel, além de ser bons jogadores, estão em clubes maiores que o Schalke. E estão em primeiro lugar nos seus respectivos campeonatos. Mas estou preparado para jogar quando for convocado e tenho certeza que trabalhando eu vou voltar a seleção.

Gpol – E o Coritiba? Como você acompanha o clube ai da Alemanha?

R – Sempre leio as notícias na Internet e vejo os jogos que passam na televisão.

Gpol – O clube está no ano do centenário, e passando por um período difícil. Muitos torcedores acabam se voltando aos antigos ídolos, como você. Passa pela sua mente voltar um dia a vestir a camisa do Coritiba?

R – Sem dúvida. Voltando para o Brasil eu vou jogar no Coritiba. Isso eu não falo para agradar ninguém, mas sim pelo amor que sinto pelo clube que me projetou.

Gpol – Você saiu de uma geração que também revelou Adriano Correia e Miranda no clube. Na sua opinião, em tempos de crise, voltar os olhares às categorias de base em qualquer clube do mundo é o caminho a ser seguido?

R – Claro. Mesclando com jogadores experientes, o clube só tem a ganhar.Gpol – Pra fechar, dentro e fora de campo, quais os seus planos para o futuro?R – Quero jogar uma Copa do Mundo pela seleção brasileira e estou me preparando muito para ter uma vida maravilhosa quando parar.

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