O Pinheiros começou a Superliga masculina de vôlei com o status de "galáticos". O milionário investimento da Sky repatriou estrelas e transformou a equipe na versão das quadras do badalado time de futebol do Real Madrid. Mas assim como no clube merengue, as cifras não se transformaram no resultado esperado. Mesmo com o terceiro lugar, o paranaense Giba, maior astro do grupo, aprovou o seu retorno ao Brasil. Após seis temporadas na Itália e duas na Rússia, o ponteiro reencontrou o esporte em ascensão, a presença de outros selecionáveis e forte concorrência entre as equipes, vencida pelo Cimed/Florianópolis.
"Não era o que queríamos. Claro que os resultados poderiam ser melhores, pelos atletas e pelo investimento que foi feito. Mas isso acabou impulsionando os outros times, que também investiram em jogadores. Inflacionamos o mercado. Foi resgatado um equilíbrio no vôlei brasileiro", analisou o jogador, de folga esta semana em Curitiba.
Além de Giba, o tradicional clube paulista contava com os olímpicos Rodrigão, Marcelinho e Gustavo, além de atletas veteranos como Kid e Joel. Mesmo com tantas estrelas, teve um mau início de Superliga, ficou em quinto lugar na fase classificatória e, apesar de passar pelo Sesi nas quartas de final, teve a ingrata missão de encarar o Cimed na semi. Levou a pior e restou a briga pelo bronze numa esvaziada disputa com o Sada/Cruzeiro.
"Aqui não valorizam nem o segundo lugar. Imagina o terceiro, então? Na Olimpíada consideraram um fracasso termos conquistado a prata. Um pouco é culpa nossa, que acostumamos a torcida com a vitória. Mas o balanço geral foi positivo", afirmou o jogador.
Giba reclamou do calendário apertado imposto pela Superliga e espera uma melhora na próxima temporada. "A competição começou tarde, aí tem os feriados de fim de ano e Carnaval. Com 17 times ficou uma loucura de jogos. Mas são pequenos ajustes que precisam ser feitos", comentou.
Ao Pinheiros Giba retorna só em outubro. Mas a seleção abreviará o seu descanso. Já na próxima semana se apresenta em Saquarema para o início da preparação para a Liga Mundial, em junho.
"Estipulei uma data: até a próxima Olimpíada estou com a seleção. E é também quando vence o meu contrato com o Pinheiros. E aí vou ver como as coisas vão acontecer", disse o atleta sobre o seu futuro.