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Bill, autor de dois gols, fez a alegria dos cinco mil torcedores do Coritiba  no Alto da Glória. Diretoria só permitiu faixas sem alusão às organizadas no estádio reaberto | Fotos:Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Bill, autor de dois gols, fez a alegria dos cinco mil torcedores do Coritiba no Alto da Glória. Diretoria só permitiu faixas sem alusão às organizadas no estádio reaberto| Foto: Fotos:Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

As chaves do jogo

Maioria

A expulsão de Bruno Matavelli ainda no primeiro tempo deixou o Nacional não só em desvantagem numérica, como acabou com o esquema defensivo que até então segurava a pressão do Coritiba.

Na hora certa

As mudanças de Ney Franco aconteceram no momento certo. A entrada de Bill no intervalo e de Geraldo ajudaram o time a ganhar mais fôlego e definir a goleada.

O início

O gol de Renatinho aos 12 minutos da segunda etapa facilitou a goleada do Coritiba, até então vaiado pela torcida impaciente que reprovava o empate por 1 a 1 com o Nacional.

Emoção foi a melhor palavra para definir o sentimento dos torcedores que estiveram no Couto Pereira ontem, no retorno do time a sua casa. O público de 5.127 foi muito inferior a média do ano passado – que chegou próxima aos 17 mil por partida –, mas melhor do que o estava acompanhando o time neste ano, nos jogos fora de seus domínios, menos de 3 mil. A torcida, sem temor da sensação de rever a barbárie protagonizada no dia 6 de dezembro do ano passado, voltou em bom número ao estádio, após 84 dias longe de casa.

"Eu fui a um jogo na Vila Capanema, mas não é a mesma coisa, não é minha casa. E ainda tinha as cores do Paraná", disse o músico José Travagin, 29 anos.

Mas quem esteve no Couto Pereira pôde ver algumas mudanças em relação ao último jogo. A maior delas foi a ausência da bateria que, comandada pela organizada Im­­pério Alviverde, dava o ritmo nas arquibancadas.

"Está faltando emoção ao jogo. A bateria faz muita falta", disse a administradora Márcia Garcia, 24 anos, proprietária de uma das cadeiras sociais.

A bateria proibida de entrar por ter símbolos da Império em seus instrumentos deixou o estádio com um ar nostálgico, de tempos em que a batucada não fazia parte dos jogos.

Mas apenas a cadência dos instrumentos musicais fizeram realmente falta nas arquibancadas. Os integrantes da organizada não são mais bem-vindos ao Couto Pereira. As cenas de selvageria e violência protagonizadas por pessoas ligadas à Império mudaram a postura dos torcedores alviverdes comuns.

"A bateria faz falta, mas as organizadas não. E concordo que não se tenham roupas e nada que lembrem eles", disse a professora Ana Cláudia Summers, 37 anos, que voltou ao Couto acompanhada do filho Lucas, de 9 anos. Mãe e filho, emocionados pelo retorno, fizeram questão de mostrar o amor ao clube em um cartaz com a frase "Coxa, eu acredito" que o estudante levou ao gramado como mascote.

"Nós acreditamos no Coritiba sim. E vamos nos associar desta vez para ajudar o clube a sair desta situa­ção em que se encontra", revelou a professora, que estava no estádio no fatídico dia 6 de dezembro. "Foi uma tristeza grande demais", relembrou.

Nas portarias, a lista de 14 torcedores, indiciados pelo Ministério Público, por envolvimento na confusão, não facilitou o trabalho dos seguranças de impedir a entrada dos mesmos no estádio. Sem fotografia dos "barrados", a segurança ficou de mãos atadas.

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