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Weggis, Suíça – A invasão de uma torcedora no treino de sexta-feira à tarde, além dos inúmeros casos de furto nos arredores do Estádio Thermoplan, pôs a empresa que levou a seleção brasileira para a Suíça na corda bamba.

Uma reunião tensa no Park Hotel Weggis entre membros da CBF e da agência de marketing esportivo Kentaro, responsável pela organização e segurança no evento, terminou com o supervisor Américo Faria exigindo providências.

Phillipe Hüber, presidente da companhia, confirmou o encontro e prometeu aos dirigentes da confederação dobrar o número de seguranças no campo de treinamento. Ontem, nas duas sessões da equipe, havia 12 agentes posicionados em locais estratégicos contra invasores – algo que não ocorreu nas outras atividades.

Parte da arquibancada foi isolada do público. Além disso, vigias à paisana (número não revelado) foram infiltrados entre as pessoas. Tudo funcionou perfeitamente. Mas a rápida reação só veio graças a uma nova ameaça de proibir a entrada do público, no caso demais algum incidente que afete a privacidade dos jogadores.

"Somos pessoas responsáveis. Pedimos uma medida urgente. Vamos dar mais uma chance, pois não podemos punir 5 mil pessoas pacatas por causa de quatro, cinco...", confirmou Rodrigo Paiva, o porta-voz da CBF.

Mas a invasão de fãs da seleção no pequeno balneário tem causado transtornos fora do gramado também. Nos últimos dias, várias ocorrências policiais foram anotadas na delegacia local. Alguns jornalistas perderam laptops e outros equipamentos eletrônicos.

A Kentaro reforçou também o zelo na sala de imprensa e no camelódromo da rua que dá acesso ao Estádio Thermoplan.

Apesar da medida, pelo menos dois cidadãos prestaram queixa por furto ontem. Uma senhora perdeu a bolsa, enquanto um rapaz relatou ter sofrido com os batedores de carteira – principal perigo na cidade que ficou conhecida anteriormente pela não-existência de crimes.

O supervisor Américo Faria já admitiu publicamente que tem duas outras opções longe da massa para levar a seleção se o problema reaparecer. Sem dar o nome dos possíveis campos de treinamento, limitou-se a dizer apenas que eram locais para eventuais treinos secretos – longe da imprensa.

O time de Carlos Alberto Parreira, que já deixou claro o incômodo com a situação, volta a testar o sistema de segurança hoje à tarde, em jogo-treino contra o Fluminense sub-20. A equipe carioca veio a Zurique para a disputa de um torneio promovido pela Fifa.

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