Caio Júnior voltou no tempo e extravasou como na sua época de atacante. Na mesma Vila Capanema em que deu tantas alegrias à torcida paranista quando atuava nos gramados, ontem ele ajudou a construir a maior honra do clube que marcou a sua carreira.
"Agora vou boleirar (agir como jogador)", avisou ao saltar as placas de publicidade, correr para o alambrado e jogar a camisa da comissão técnica para a esfuziante arquibancada. "Tudo que tenho de fazer como técnico eu faço, mas ainda tenho traços de jogador e hoje (ontem) foi muito difícil controlar a emoção", confessou Caio.
A torcida retribuiu o carinho com o coro de "Fica Caio Júnior!" Um clamor com resposta incerta. A surpreendente campanha do Paraná rumo à Libertadores despertou o interesse da concorrência.
"Fui procurado por três ou quatro clubes, todos da Primeira Divisão. Não houve proposta oficial porque pedi para esperarem até este jogo. Então preciso ouvir, conversar com a minha família, com o presidente (José Carlos de) Miranda e estudar todas as possibilidade", declarou o treinador, que pretende se reunir com a diretoria paranista na quinta-feira. Ele viaja hoje para participar de um congresso no Rio de Janeiro.
Um das equipes interessadas seria o Sport, que voltou à elite neste ano. O Internacional, ameaçado de perder o técnico Abel Braga para o futebol árabe, também figuraria entre os interessados.
O assédio reforça a importância da grande meta paranista agora: conseguir uma cadeira no Clube dos 13. O acréscimo financeiro facilitaria a disputa num eventual "leilão" por Caio Junior.
"Confio muito no trabalho dele. Se sair daqui, só espero que não vá para clube onde a culpa é sempre do treinador", alertou o presidente Miranda, citando o respaldo dado ao único técnico na história do clube a manter o emprego durante todo o Nacional.
Isso, a disputa do maior torneio continental e o sonho de ser campeão paranaense como técnico ocuparão o lado vermelho, branco e azul da balança de Caio Júnior nos próximos dias.
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