Dois meses depois de registrar um boom de crescimento em seu quadro associativo, quando atingiu a marca de 31 mil sócios-torcedores na decisão da Copa do Brasil contra o Vasco, o Coritiba perdeu 6 mil adimplentes, ou seja, associados com a mensalidade em dia. A queda é de aproximadamente 20%.

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Segundo o Coxa, atualmente cerca de 25 mil pessoas estão em dia com as prestações e estariam aptos, por exemplo, a assistir à próxima partida do time no Couto Pereira, dia 27 de julho, contra o São Paulo. Na avaliação do Alviverde, porém, 4 mil torcedores compõem o chamado "sócios consolidados", aqueles que historicamente quitam seus débitos até a data dos jogos em casa. Isso elevaria o total de associados em dia para 29 mil.

Além desse montante, o Coritiba ainda tem outros dois mil sócios inadimplentes – aproximadamente 6,5% de seu quadro total. Dados que não incomodam a diretoria. Pelo contrário.

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"[Os números] estão dentro da normalidade. Não trazem nenhuma preocupação. Se analisarmos o mercado hoje, poucos times têm esse número de sócios do Coritiba. Para o futebol brasileiro, essa inadimplência é muito baixa", comemora o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade. De acordo com o dirigente, o clube ainda estuda o melhor momento para lançar um novo plano – sem cadeira cativa, mas com preferência para compra de ingressos.

Pesa contra os inadimplentes o novo estatuto alviverde. O código prevê a possibilidade de exclusão legal do quadro após quatro meses sem pagamento. O torcedor nessa situação teria de esperar seis meses para fazer um novo contrato de associação. É uma garantia a mais para o clube manter o número elevado de contribuintes.

"Quem fica três meses sem pagar corre para quitar tudo o que deve para não ter de esperar seis meses para voltar", diz Andrade.

De acordo com o vice-presidente, o valor proveniente dos torcedores já é a maior parcela da receita do clube. Como o ticket médio dos associados gira em torno de R$ 75, o clube arrecada quase R$ 2,2 milhões mensais com as arquibancadas.

"Os sócios representam mais de 30% do orçamento e nos ajudam a trazer jogadores e pagar nossos passivos", fecha.

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