Toledo - Às vésperas do início do Paranaense, a ansiedade toma conta do volante Rafinha, do Toledo. "Vai ser um campeonato muito especial, o recomeço da minha carreira", resume o atleta.
A frase forte, em tom quase dramático, tem explicação. Em 2008, ele chegou a ser banido do futebol por ter dado a entender em entrevista a uma rádio que o resultado do jogo Marcílio Dias e Toledo, dia 17 de julho do ano passado, pela Série C, teria sido arranjado. O empate por 1 a 1 classificou ambos à fase seguinte. "No começo achava que era tudo uma brincadeira, fiquei meio aéreo. Mas depois caiu a ficha e me desesperei", lembra.
Rafinha foi julgado pelo STJD, pegou inicialmente três jogos de suspensão, mas em seguida foi banido. "Eu não acreditava. Como pode um jogador ser banido por causa de uma entrevista?", reclama.
Rafael Rodrigues Fernandes tem 20 anos e é natural de Mirassol (SP). Está no Toledo desde os 16 anos. Quando foi punido, despertava interesse de outros times, inclusive do Paraná. "Tudo desmoronou de repente. Pensei até em voltar a estudar, me preparar para outra profissão".
O calvário durou quase seis meses, até a absolvição no Pleno do STJD, no último dia 16. "O pior era não poder jogar, ficar treinando sozinho e só assistindo aos jogos. Se não fosse o apoio dos meus pais e da diretoria do Toledo, não sei o que teria acontecido". Fora de ritmo, Rafinha deve demorar um pouco a retomar espaço no elenco, apesar de ter convencido o técnico recém-chegado Sérgio Baresi de sua importância para o time. "É uma excelente opção", atestou. Antes de voltar a campo, porém, uma lição está na ponta da língua: cuidado com as entrevistas. "Tenho que ficar mais esperto".
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp