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O atacante Kerlon esboça o drible foquinha em treino do Paraná na Vila Capanema. Lance ficou apenas no imaginário da torcida tricolor | Marco Andre Lima/Gazeta do Povo
O atacante Kerlon esboça o drible foquinha em treino do Paraná na Vila Capanema. Lance ficou apenas no imaginário da torcida tricolor| Foto: Marco Andre Lima/Gazeta do Povo

Trajetória de Kerlon no Paraná

06/03 – Corinthians-PR 0x1 Paraná, no Janguito Malucelli - Começou jogando e foi substituído aos 16 minutos do segundo tempo. Em campo: 61 minutos

09/03 – Paraná 2x1 Rio Branco, na Vila Capanema- Começou jogando e foi substituído aos 18 minutos do segundo tempo. No fim da primeira etapa, perdeu um pênalti. Em campo: 63 minutos

13/03 – Coritiba 4x2 Paraná, no Couto Pereira- Começou jogando, mas, com uma lesão muscular, saiu de campo aos 17 minutos do primeiro tempo. Em campo: 17 minutos

21/05 – Ituiutaba 1x2 Paraná, no Dizon Melo- Iniciou a partida na reserva e entrou em campo aos 23 minutos do segundo tempo. Em campo: 22 minutos

Tempo total em campo pelo Paraná: 163 minutos.

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Kelvin não joga mais pelo Tricolor

Segundo o pai do atacante Kelvin, Valdeci Mateus de Oliveira, o jogador não vestirá mais a camisa do Paraná. O motivo seria a transferência do garoto de 18 anos para o Porto – o atacante se apresenta dia 2 de julho ao clube português. O último jogo pelo Tricolor, de acordo com o contrato, seria no dia 28 de junho, diante do Vitória, no Barradão.

"Só estamos esperando as passagens chegarem. Embarcamos ainda nesta semana", garante o pai. Kelvin preferiu não dar entrevista.

A diretoria paranista deu ao atacante ontem a opção de não ir mais treinar. Kelvin, que não jogou nas últimas duas partidas (contra o Goiás e Náutico) por causa de uma amigdalite foi dispensado dos trabalhos.

"Demos um tempo para ele pensar em casa se ele quer ou não cumprir o restante do contrato", explicou o diretor de futebol, Guto de Melo, sem revelar o prazo estipulado pela diretoria para que o atacante se manifeste se ainda quer atuar pelo time da Vila Capanema.

A princípio, Kelvin viajaria para a Europa no dia 30 de junho. "Precisamos de jogadores motivados, comprometidos com o grupo e não estamos sentindo isso no Kelvin", completou o dirigente.

Havia a expectativa de que ele atuasse na próxima sexta-feira, diante do Icasa, na Vila Capanema. Seria a última partida do jogador, revelado no Centro de Treinamento Ninho da Gralha, com a camisa do Pa­­ra­­ná diante da torcida. Por outro lado, o Tricolor confirmou ontem a contratação do zagueiro Brinner, que disputou o último Campeonato Paranaense pelo Cianorte. (ARB)

Sem dribles, sem espetáculo e sem gols... Assim encerrou ontem a passagem do atacante Kerlon pelo Paraná. Em comum acordo com o clube, o jogador de 23 anos, famoso pelo drible foquinha, arrumou as malas e deixou a Vila Capanema antes do fim do contrato que se encerraria em 2 de agosto.

Em silêncio, sem o mesmo alarde da chegada (em 16/1), o jogador deixou para trás um saldo pouco producente ao clube. Em cinco meses na Vila Capa­­nema, ele esteve mais no departamento médico do que em campo – participou de apenas quatro partidas, sem completar um jogo inteiro. Ao todo, foram apenas 163 minutos dentro dos gramados.

O destino do atleta é incerto. Porém, deve retornar ao grupo de negociáveis da Inter de Milão – equipe que detém os seus direitos federativos até junho de 2012.

O diretor de futebol paranista, Guto de Melo, garante que o baixo rendimento do ‘Foca’ não frustrou a expectativa criada em torno dele. "Nós queríamos contar com o Kerlon, mas a lesão [muscular] atrapalhou tudo. Agora vida que segue", diz.

Como saldo, o atacante não passou de uma jogada ineficaz de marketing. Kerlon, logo após vestir a camisa tricolor, precisou de 45 dias para adquirir condições físicas. Diante do Coritiba (em 13/3), uma nova lesão muscular aos 13 minutos de jogo o tirou do clássico – e do restante da competição. Mais um mês afastado. O retorno aos gramados veio diante do Ituiutaba pela Série B – a derradeira partida.

Kerlon não foi encontrado ontem pela reportagem da Gazeta do Povo para comentar o rompimento. Ficou apenas a dívida do discurso ousado que traçou ao fe­­char com o então presidente Aqui­­lino Romani – disse que gostaria de fazer ao menos 15 jogos e anotar de oito a dez gols no Brasileiro.

O momento mais marcante foi o pênalti desperdiçado diante do Rio Branco (9/3). Nesta partida, aliás, Kerlon bateu o recorde de perma­­nência em campo: 63 mintutos.

De acordo com o vice-presidente financeiro, Celso Bitencourt, a presença de Kerlon no elenco foi frutífera – apesar do pífio desempenho atlético.

"É uma boa pessoa, tinha presença de grupo, um caráter excepcional", comenta, para em seguida falar do aspecto monetário.

"O jogador veio de graça", explica. "O clube não teve ônus algum nesta transação", fecha ele, o responsável pela contabilidade na Vila Capanema.

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