Após confusão, Atlético reforça segurança na Vila

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Após a briga de torcedores de organizadas do Atlético na arquibancada e a queda do alambrado da Vila Capa­nema no Atletiba, a diretoria rubro-negra prepara uma série de modificações para o jogo contra a Portuguesa, às 18h30, no próximo domingo. Entre as principais alterações estão a separação dos setores do estádio, impedindo a livre circulação entre a reta do relógio e a curva norte, e o posicionamento de seguranças para impedir que torcedores se apoiem nos alambrados.

Após reunião na manhã de ontem com a Polícia Militar, o Atlético vai estipular a capacidade de cada setor. O clube também se propôs a fazer campanhas educativas para que a torcida não brigue, não jogue objetos no campo e nem se pendure nos alambrados. Além disso, o clube identificou e proibiu os torcedores envolvidos na confusão do Atletiba de irem aos jogos do Furacão.

Pelo site oficial, o Rubro-Negro confirmou que os sócios identificados na briga serão suspensos por 60 dias até que a Câmara de Ética e Disciplina do Atlético julgue os casos. Nesse período, as carteirinhas de sócios desses torcedores serão bloqueadas, bem como a possibilidade de aquisição de ingressos.

A PM informa que é de responsabilidade do clube impedir que esses torcedores entrem no estádio. Porém, segundo a própria polícia, um dos três torcedores detidos no Atletiba já estava impedido pelo Atlético de entrar nos jogos. Ele foi ao clássico utilizando o cartão de sócio de outro torcedor.

O clube não informou se há mais torcedores impedidos de entrar no estádio além dos três detidos na partida contra o Coritiba, que tiveram de assinar termos circunstanciados na delegacia móvel. Esses terão de se apresentar obrigatoriamente no quartel-geral da PM nos dias dos jogos.

Como foi a torcida rubro-negra que danificou o alambrado da Vila, o reparo está sendo bancado pelo Atlético. O conserto, que abrange as áreas da reta do relógio e da curva norte, deve ser finalizado amanhã.

"Um sujeito pendurado na grade que cai daquela altura pode ter desde um simples corte até um traumatismo craniano. O torcedor não pode subir ali", enfatizou no começo desta semana o major Manoel Jorge dos Santos Neto, responsável pelo policiamento nos estádios.

Por enquanto, segundo o advogado do Atlético, Do­­mingos Moro, o Superior Tri­­bunal de Justiça Despor­tiva (STJD) não apresentou denúncia contra o clube na confusão do Atletiba e nem pela suposta pedra atirada no jogo do Vitória. Mas, caso o tribunal decida abrir processo – o que poderia gerar perdas de mandos de jogos – as novas medidas de segurança serão utilizadas pelo advogado na defesa do Atlético.