Após decisão de Alonso, foco se volta para Honda e Barrichello

• 0

A decisão de Fernando Alonso de ficar na Renault por mais duas temporadas, anunciada nesta quarta-feira, encerra uma longa saga na Fórmula 1, pelo menos até que surja uma vaga na Ferrari.

Como os contratos de Felipe Massa e Kimi Raikkonen vão até o fim de 2010 e a McLaren não é mais uma opção desde o ano passado, a Renault pareceu ser a melhor equipe para Alonso no curto prazo.

As regras mudarão significativamente no ano que vem e mudar para uma equipe que não seja uma das duas maiores parece arriscado agora.

A Honda, que não escondeu seu desejo de contratar o bicampeão, seria uma aposta muito arriscada já que o time japonês fez somente 14 pontos nesta temporada -- a Renault fez 80.

Depois de um começo difícil, a Renault deu a Alonso um carro bom o suficiente para vencer duas corridas neste ano, além da promessa de voltar a ser o que era antes.

A renovação de contrato por dois anos com a equipe que o ergueu e o fez ganhar dois títulos dá ao espanhol liberdade de aproveitar a primeira oportunidade para entrar na Ferrari, em 2011.

A BMW-Sauber, que almeja lutar pelo título na próxima temporada depois de terminar esta em terceiro lugar, poderia ter sido uma alternativa para os próximos dois anos, mas eles já confirmaram Robert Kubica e Nick Heidfeld para 2009.

A McLaren ficará com o campeão Lewis Hamilton em um contrato de longo prazo e o finlandês Heikki Kovalainen está confirmado para o ano que vem.

O futuro de Barrichello

Com o futuro de Alonso decidido, os holofotes se voltam para Rubens Barrichello, que pode ser a escolha da Honda ou da Toro Rosso.

A Honda, administrada pelo ex-diretor técnico da Ferrari Ross Brawn, que trabalhou com Barrichello na equipe italiana, ainda não confirmou seus pilotos para 2009.

Barrichello é o piloto mais experiente da Fórmula 1, com 270 corridas. Ele quer continuar competindo, mas sabe que sua carreira está estacionada, pois a Honda também pode querer experimentar Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, ou então o também brasileiro Lucas Di Grassi, piloto de testes e reserva da Renault esta ano.

"Queremos uns caras novos", disse o chefe-executivo da Honda, Nick Fry, no GP do Brasil. "Acredito que é importante trazer sangue novo para a F1".

Barrichello também está de olho na Toro Rosso, equipe abastecida com motor Ferrari. O francês Sebastien Bourdais, novato da equipe este ano, aguarda para saber se correrá pelo segundo ano na escuderia, enquanto Sebastien Vettel se mudou para a Red Bull.