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Um erro de um mecânico no pitstop tirou de Massa a vitória no GP da Cingapura | Pool/Reuters
Um erro de um mecânico no pitstop tirou de Massa a vitória no GP da Cingapura| Foto: Pool/Reuters

Depois da prova de Cingapura ter se transformado em um pesadelo para Felipe Massa, o piloto da Ferrari não depende mais apenas de seu próprio desempenho para conquistar o título da Fórmula 1 neste ano.

Um problema no primeiro pitstop, causado pelo erro de um mecânico, tirou de Massa a vitória e mesmo a chance de conquistar uma boa posição na corrida, deixando-o sete pontos atrás de Lewis Hamilton, da McLaren, na classificação do campeonato, a três provas do final da temporada.

"Superar uma diferença de sete pontos em três corridas? Isso pode ser muito ou pode ser pouco", disse Massa, mostrando-se otimista quanto a suas chances de se tornar o primeiro brasileiro campeão da Fórmula 1 desde Ayrton Senna.

"Nós temos o potencial de nos sairmos bem e vamos fazer de tudo para isso acontecer. Não podemos desistir e estou seguro de que não faremos isso."

A fria matemática mostra, no entanto, que Hamilton não precisa vencer mais nenhuma prova nesta temporada para se tornar o campeão mais jovem da Fórmula 1, com 23 anos de idade.

Massa pode receber a bandeirada final no Japão, na China e Brasil, mas ainda assim ficar atrás de seu rival se o britânico conquistar um segundo lugar em cada uma dessas etapas.

O brasileiro aposta que seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, que reconheceu ter perdido qualquer chance de sagrar-se bicampeão depois de uma quarta corrida sem marcar pontos, agora o ajudará em seus esforços.

PERFEIÇÃO

O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, disse a repórteres que a equipe, hoje muito diferente daquela famosa por ser a mais eficiente no pitlane, precisa ser perfeita daqui em diante.

"Vamos chegar às próximas três corridas tendo em mente que podemos conquistar o primeiro e o segundo lugares em todas elas porque temos o potencial para tanto", disse.

Isso não se pode negar, já que a Ferrari conseguiu duas dobradinhas nesta temporada e quatro vitórias consecutivas no começo do ano.

No ano passado, Raikkonen venceu na China e no Brasil para conquistar o campeonato com um ponto de diferença em relação a Hamilton. Mas o finlandês parece fora de forma, tendo batido na prova de domingo e conquistado apenas 22 pontos nas últimas dez corridas.

"Eu sei o que a equipe deseja. Eles querem conquistar o campeonato mundial. Vamos ver o que acontece", afirmou depois da prova de Cingapura. "Eu, de toda forma, estou fora da competição."

Apesar de as chamadas "ordens da equipe" estarem proibidas, Domenicali não deixou dúvida sobre o papel que caberá agora a Raikkonen.

"Tenho certeza de que ele sabe o que tem de fazer e ele se esforçará porque faz parte da equipe. De forma que não tenho dúvidas a esse respeito", afirmou.

No ano passado, Hamilton chegou ao Japão com uma vantagem de dois pontos sobre seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, e com 13 pontos de vantagem em relação a Raikkonen. Alonso, neste ano na Renault, venceu a prova do domingo passado.

Na China, o britânico estava 12 pontos à frente do espanhol e a 17 do finlandês. Ainda assim, Hamilton, estreante naquele ano, deixou o título escapar.

O azar de Massa serviu apenas para lembrá-lo de que a Fórmula 1 tem a mania de reservar surpresas desagradáveis para seus pilotos e de que nada pode ser dado como garantido.

"Vamos seguir em frente. Acho que temos de encarar as próximas corridas como encaramos a deste fim de semana. E não podemos nos precipitar porque, como vocês perceberam, muita coisa ruim pode acontecer", disse.

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