O Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC) deverá sofrer uma séria baixa na temporada 2010. O piloto curitibano Augusto Farfus Júnior, recordista de vitórias da categoria e terceiro colocado nesta temporada, não deve participar da competição a partir do próximo ano. Nesta semana ele definiu a sua permanência na BMW para o próximo ano, porém só o anúncio oficial da montadora alemã, marcado para este sábado, irá oficializar o destino de Farfus.
"O programa do próximo ano sai agora no dia 5. Ainda não posso dizer ainda onde irei correr, mas já tenho uma ideia de como será", disse o curitibano, por telefone, à Gazeta do Povo. Além de sair da Fórmula 1 neste ano, a BMW também deve diminuir a sua participação no WTCC como equipe oficial, correndo com apenas dois carros. Farfus até pode estar em um deles, mas a tendência é que o talento do piloto seja utilizado pelos alemães em outras empreitadas.
Durante a temporada deste ano especulou-se que a BMW poderia integrar o DTM, o campeonato de turismo alemão, a partir do próximo ano. Esta porta esteve aberta para a montadora e pode ser anunciada neste sábado. Contudo, Farfus tem mais chances de compor a equipe alemã na American Le Mans Series (ALMS) e nas competições de longa duração das quais a BMW já participa tradicionalmente.
"O WTCC sofrerá um corte de custos assim como a Fórmula 1. É uma repercussão do mercado, que está difícil na Europa e em boa parte do mundo. O próximo ano será de transição, em 2011 o WTCC e o Campeonato Mundial de Rali terão a padronização dos motores, com todos correndo com um propulsor 1.6 turbo. Então não seria interessante para a BMW resistir um ano antes do novo regulamento", explicou Farfus.
Enquanto aguarda, o curitibano sabe que a sua ausência, se confirmada, será uma grande baixa para a abertura do WTCC 2010, justamente com a etapa na capital paranaense. Entretanto, o piloto revela querer ainda correr mais um vez em casa. "Farei de tudo para correr em Curitiba", já adiantou, quase como sinal de despedida da categoria na sua cidade natal em caráter especial.
Com o futuro garantido graças ao novo contrato com a BMW, Farfus revelou que esteve perto de ir para o automobilismo americano, no qual poderia correr tanto em carros de turismo quanto em monopostos, mais especificamente os da Fórmula Indy. "Tive ofertas extremamente positivas e fiquei próximo de aceitar, mas faltaram garantias para que eu pudesse largar uma construtora como a BMW e me arriscar nos Estados Unidos. Quando coloquei na balança vi que não valeria a pena", relembrou.
Assim que ficar definido o seu futuro de maneira oficial, Farfus já sabe o que fazer. "Não vejo a hora de ir para o Brasil, geralmente já estou ai nesta época do ano, mas em virtude do anúncio tive que esperar neste ano. Até recebi um convite para correr nas 500 Milhas da Granja Viana de Kart, fiquei maluco para aceitar, porém não deu desta vez", finalizou.
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