O encontro entre Brasil e França, hoje, expõe as duas seleções em momentos semelhantes. Após o fracasso na África do Sul, em 2010, as duas equipes buscam se reerguer para, quem sabe, reeditar em 2014 uma das maiores rivalidades em Copas.
O mesmo processo de renovação sofrido pelos brasileiros atingiu os franceses. Em solo africano, os adversários desta tarde protagonizaram um vexame. Sem Zinedine, Zidane a França tombou logo na 1ª fase. Em três partidas, empatou uma e perdeu duas, com apenas um gol. Motivo para detonar uma reformulação.
Atualmente, o conjunto do treinador Didier Deschamps está mais jovem e com menor rodagem é o 2.º colocado do Grupo I das Eliminatórias, atrás da Espanha. "O objetivo principal é formarmos o coletivo. Com jogadores novatos, é importante o lado humano, o diálogo", comentou o ex-jogador, em entrevista coletiva.
Deschamps conhece profundamente a rivalidade entre Brasil e França. Foi campeão mundial em 1998, jogando em casa, no segundo revés canarinho em seis decisões disputadas. "Foi uma das maiores felicidades da minha vida", relembra.
O atacante Hulk também não esquece aquele confronto. O brasileiro tinha apenas 12 anos e estava em frente da tevê. "Cheguei a chorar. A gente tem de vingar, mas jogando futebol, claro", diz.
Anos depois, o time nacional viveria nova decepção contra os franceses. No Mundial de 2006, na Alemanha, uma apresentação de gala de Zidane e o gol de Thierry Henry provocaram a eliminação nas quartas de final. Antes, no México, em 1986, outra queda nas quartas.
A única vez em que o Brasil levou a melhor sobre a França em Copas do Mundo foi em 1958. No ano do primeiro título mundial, na Suécia, a seleção goleou por 5 a 2, com três gols de um garoto chamado Pelé.
Há ainda um tabu a ser quebrado. Desde 1992, quando a seleção venceu por 2 a 0 em amistoso, os franceses não sabem o que é perder. A partir daí, foram seis encontros, com dois empates e quatro vitórias dos Bleus.
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