O presidente da Fifa, Joseph Blatter, admitiu ontem que "havia um grau de incerteza sobre o que poderia acontecer" com a Copa das Confederações por causa dos protestos nas ruas, mas disse que o país fará um Mundial "maravilhoso" no próximo ano.
Na entrevista coletiva realizada no Copacabana Palace, o cartola suíço se recusou a dar uma nota sobre a organização do torneio, encerrado com a conquista do Brasil. "No início da competição havia um grau de incerteza sobre o que ia acontecer por causa da inquietação social. Vimos agora que a inquietação vem serenando e aconteceu um evento extraordinário", afirmou Blatter.
Por causa do acirramento dos protestos na primeira semana de disputa da competição, a Fifa e seus parceiros estudaram a possibilidade de suspender a realização do torneio. Blatter não quis comentar as manifestações nas ruas contra o alto gasto governamental com a Copa do Mundo.
"Não vou discutir o problema interno que o país está enfrentando. O que disse e repito é que o futebol serve para conectar as pessoas e conseguimos isso dentro e fora do estádio. Tenho certeza de que teremos uma Copa maravilhosa no ano que vem", afirmou o dirigente.
Na sexta-feira, três integrantes do Comitê Executivo da Fifa deram nota 7 para a organização da Copa das Confederações após uma reunião no Rio. "Quando estamos estudando na universidade, precisamos para a conclusão do curso uma nota 8. Ainda não sei a nota do Brasil, mas já digo que o Brasil vai se formar no ano que vem", disse.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, também não quis dar uma nota para a organização da Copa das Confederações. "Essa não é uma tarefa minha. Não sou o senhor Blatter", afirmou o dirigente. Antes, ele havia declarado que podia dizer que "a Copa das Confederações foi 80%".
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