Após intermediação do Ministério Público do Paraná (MP), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) voltou atrás na decisão de encerrar o projeto comunitário de ginástica e circo do Departamento de Educação Física da instituição. O fim das atividades havia sido anunciado pela UFPR no mês de agosto deste ano.
Com isso, as 120 crianças e adolescentes de baixa renda que treinam gratuitamente no ginásio de esportes do Departamento, na sede do Jardim Botânico, em Curitiba, seguirão praticando as atividades do projeto que celebra, em 2016, vinte anos de existência.
“O projeto foi retomado pela força das mães de alunos, que levantaram as mangas para lutar por sua continuidade, e também pela participação do Ministério Público, que mediou a conversa com a Universidade”, explica Sérgio Abrahao, idealizador e coordenador do projeto. “Houve uma sensibilização da reitoria da UFPR”, reforça.
O Ministério Público confirmou, em seu site oficial, a continuidade do projeto. “A Universidade Federal do Paraná se comprometeu a manter o Projeto de Extensão de Ginástica e Circo, que atende gratuitamente 120 crianças e adolescentes, a maioria de baixa renda. O compromisso foi firmado após a 3ª Promotoria de Justiça da Criança e do Adolescente (Direitos Difusos e Coletivos) de Curitiba entrar em contato com a instituição e solicitar a continuidade das atividades”, diz trecho da nota.
“Por questões técnicas, a UFPR havia anunciado o fim do projeto, que existe desde 1997 e representou o início da carreira esportiva de diversos ginastas. Procurado por familiares de participantes do projeto, o Ministério Público do Paraná, por meio da citada Promotoria, reuniu-se com representantes da universidade para solicitar a manutenção do projeto, dada sua grande importância social”, prossegue o texto.
Força das mães
A continuidade do projeto comunitário de ginástica e circo do Departamento de Educação Física da UFPR contou com a luta das mães e pais de alunos. Além de terem criado um abaixo assinado digital na tentativa de reverter a decisão da Universidade, eles foram responsáveis por iniciar os contatos junto ao Ministério Público do Paraná.
“É um alívio para nós. A qualquer momento as crianças poderiam ser retiradas de lá, não tínhamos previsão do que ia acontecer”, conta Dayane Orenga, mãe da aluna Jady Orenga, de 11 anos. “As crianças estavam bem apreensivas, com medo de não ter onde treinar. Para nós foi uma vitória”, complementa.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião