Há um ano, o futuro de Bruno Santucci no futebol americano parecia mais incerto que o habitual para quem pratica a modalidade no Brasil. A porta escancarada pela indicação do técnico Johnny Mitchell para que o running back do Coritiba Crocodiles fosse jogar no Canadá foi fechada com força.
Uma lesão no joelho esquerdo obrigou Santucci a trocar a viagem para a antessala da NFL por um longo período de recuperação. Esforço altamente recompensado. Herói da inédita classificação brasileira para o Mundial de futebol americano, ele já se permite sonhar novamente com uma carreira profissional na modalidade.
“Meu foco é voltar a jogar em alto nível, recuperar a forma e, quem sabe, conseguir outra oportunidade como aquela. Não descarto [jogar fora], mas meu foco agora está aqui no Croco”, afirmou Santucci, após a vitória sobre o Opção Pyros, no domingo (1º), na abertura do Campeonato Paranaense.
A partida marcou o reencontro de Santucci – e do Crocodiles – com Mitchell. Ex-jogador da NFL, o norte-americano treinou o Croco até o fim do ano passado. Foi ele que indicou Santucci para jogar no Hamilton Tiger Cats, time canadense que joga a CFl (liga canadense de futebol americano). Ali, o paranaense poderia viver exclusivamente do futebol americano e ficaria mais próximo de entrar no radar de um time dos Estados Unidos.
Santucci perdeu quase a temporada 2014 inteira por causa da contusão. Voltou a tempo de ajudar o Croco a vencer o Brasil Bowl e garantir sua convocação para as eliminatórias do Mundial da modalidade, no Panamá. Foi ele quem fez o touchdown que garantiu a vitória brasileira por 26 a 14 sobre os panamenhos – e a vaga para a Copa do Mundo do futebol americano, a ser disputada em julho, nos Estados Unidos.
“Com certeza esse jogo teve outra visibilidade, além do nosso país. É uma chance a mais de aparecer. Foi um orgulho ser escalado para esse jogo e, poder escrever meu nome na história, levar a seleção a outro nível (a Copa do Mundo), foi sensacional”, afirmou.
O atleta espera agora a convocação para disputar a Copa do Mundo e já sonha com mais projeção disputando o torneio. “É algo fora do país, mundial, então tem muitos técnicos e olheiros atrás de jogadores. Cada um que vai para a seleção pode conseguir algo a mais para si”, acrescentou.
Para Gerard Kaghtazian, atual técnico do Crocodiles, Santucci é um atleta diferenciado pela energia que trás para a equipe quando carrega a bola. “O Bruno é fora de série, pela intensidade que joga. É jogador de seleção brasileira, não tem o que falar”, finalizou.
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