Após má fase, Mineirinho já projeta título mundial

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O ano do principal surfista brasileiro na atualidade não foi dos melhores. Adriano de Souza, o Mi­­­­neirinho, de 23 anos, iniciou a temporada alcançando bons re­­sultados no ASP World Tour, a elite do surfe mundial, mas al­­guns obstáculos no meio do ca­­minho não deixaram que o paulista repetisse as performances anteriores, quando chegou a ser o quinto colocado no final de 2009.

"Foi um ano de altos e baixos. Comecei bem, mas tive problemas com a prancha e uma lesão na coluna. Agora voltei a subir e pude descansar para chegar forte para a próxima etapa", disse o surfista, que atualmente ocupa a 10.ª posição da elite e que esteve on­­tem em Curitiba, na loja de um de seus patrocinadores, para lançar sua própria coleção de produtos.

Faltando apenas uma etapa para fechar o ano, Mineirinho vai para o Havaí com o objetivo de apenas melhorar sua colocação. Independentemente do re­­sultado na ilha norte-americana, o surfista já pensa mesmo em 2011. E com otimismo. "Com certeza o ano que vem será me­­lhor. Vou me esforçar muito pa­­ra isso. E com os patrocínios, po­­derei ter uma rotina de treinos melhor aqui mesmo no Brasil."

A meta de Mineirinho é clara, mas nada humilde: ser campeão mundial. Entretanto, ele está ciente das dificuldades. A principal delas se chama Kelly Slater – o norte-americano é o grande nome do surfe mundial e ídolo do brasileiro. A presença de Sla­­ter, no entanto, é positiva para Mineirinho. "Ele é nosso ídolo. Foi campeão dez vezes. É o único que me puxa ao extremo. Com­­petir com ele é diferente, pois você vai além do seu limite."

A etapa de Porto Rico do Mun­­dial, realizada no início de no­­vembro, teve momentos bastante distintos para o brasileiro. A bateria contra Slater foi bastante disputada e com uma leve polêmica, que acabou tirando pontos de Mineirinho. Mas a etapa ficou mesmo marcada pela morte do tricampeão mundial Andy Irons, o que chegou a paralisar a competição por alguns dias. "Foi muito triste e deixou todo mundo abalado. Sem­­­pre tivemos duas barreiras, ele e o Slater. Uma dessas barreiras caiu e ficamos sem abrigo. Era um ícone", re­­su­­miu.