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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

O São José arrasou na sua primeira aparição nacional, com uma vitória por 7 a 0 sobre o Scorpions na estréia da Copa do Brasil – torneio que pôs fim a anos de promessas descumpridas ao futebol feminino. Ao invés de festa, o técnico e coordenador Jorge Cachorroski recebeu as jogadoras com dois jogos-treinos diante do melhor time masculino que conseguiu montar. Resultado: duas derrotas (4 x 2 e 5 x 4) na medida para "baixar a crista das meninas".

O comandante não quer saber de moleza na partida de volta esta tarde, às 16 horas, no Estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais. A tranqüilidade do placar elástico imposto em Florianópolis e a vantagem de jogar em casa não podem deixar as meninas relaxadas.

"Acredito que elas podem jogar até melhor, porque o campo lá nos prejudicou. Mas, mesmo assim temos de trabalhar com seriedade", cobra o treinador do único representante paranaense na competição.

A chuva castigou o gramado do Orlando Scarpelli na sexta-feira e transformou o palco em um banhado. Nem esse empecilho abalou o entrosamento das artilheiras do São José. Com a sintonia de quem atua junto há dois anos, Daiane e Raquel garantiram a goleada com quatro e três gols, respectivamente, na maior diferença imposta nos 23 jogos disputados até agora.

"Nunca joguei dessa forma com outra jogadora, ela é minha melhor parceira. Nos damos muito bem. Uma serve a outra", contou a atacante Daiane, que tenta recomeçar a sua história.

Hoje com 19 anos e jogando desde os 14, ela chegou a chamar atenção da seleção brasileira e acabou convocada para amistosos em 2005. Uma contusão, entretanto, interrompeu o sonho com a camisa amarela.

"Agora tenho nova chance de buscar o meu espaço. Como o pessoal da seleção já me conhece e com essa competição, que está abrindo as portas para muita gente, acho possível voltar", confia.

Em comum, além da eficiência em campo, as duas compartilham a amizade, os sonhos de seguir carreira no futebol – agora com novo ânimo diante da participação em um calendário brasileiro – e uma oportunidade única já garantida pelo esporte.

"Ganhamos uma ajuda de custo do clube e uma bolsa de 75% na Faculdade Dom Bosco. Se não fosse isso, não teríamos condições de estudar", reconhece Raquel. Elas cursam Educação Física.

Hoje, a dupla de ataque quer comandar a festa em casa e "jogar certinho" para garantir vaga no próximo mata-mata Confirmada a esperada classificação, elas enfrentarão as vencedoras do clássico entre Internacional e Juventude. As equipes gaúchas duelam novamente hoje em Porto Alegre, após o 1 a 1 em Caxias do Sul na semana passada.

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