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A morte de William da Silva, estudante de Medicina de 21 anos, vai desencadear uma reação do Grêmio. O clube pensa em iniciar um processo de reeducação dos torcedores para evitar que se repita a tragédia da última quarta-feira, quando o gremista caiu no fosso, teve traumatismo craniano e perdeu a vida na seqüência.

A diretoria está preocupada com os efeitos da chamada avalanche, movimento feito pela torcida que fica à direita das cabines de rádio no Olímpico. Quando sai um gol, os torcedores correm para frente, em direção à mureta, no estilo das torcidas argentinas.

Nesta quinta-feira, o assessor de imprensa do Tricolor, Haroldo Santos, falou em nome do presidente Paulo Odone. E admitiu que a avalanche é vista com cautela.

- Existe, internamente, uma preocupação com isso. É perigoso. É bonito, é lindo de morrer, mas traz perigo.

William não morreu por causa de uma avalanche. A queda do torcedor ocorreu antes mesmo de a partida começar. O clube está estudando as gravações feitas pelas câmeras de vídeo do Olímpico para tentar descobrir o motivo do acidente.

O Grêmio, inicialmente, pedirá aos torcedores que não subam nas muretas. Será a primeira medida de reeducação. Atitudes práticas, como a colocação de redes no fosso, ainda não foram definidas.

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