O COB (Comitê Olímpico do Brasil) convocou uma assembleia geral extraordinária na próxima quarta-feira, às 14h30, no Rio, para discutir sua suspensão do COI (Comitê Olímpico Internacional) e a prisão de seu presidente, Carlos Arthur Nuzman.
Presidentes das quase 30 confederações esportivas associadas ao comitê nacional terão de comparecer ao evento.
Por enquanto, os mandatários de confederações ainda não receberam a pauta do encontro. Por se tratar de uma assembleia extraordinária, pode ser tomada alguma decisão de peso, como até mesmo o afastamento de Nuzman.
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No momento, enquanto Nuzman cumpre prisão temporária de cinco dias em presídio na zona norte do Rio, o COB tem sido comandado por seu vice-presidente, Paulo Wanderley Teixeira.
DETIDO
A Polícia Federal prendeu Nuzman e Leonardo Gryner, 64, seu braço direito no comitê organizador da Rio-2016, na manhã de quinta-feira (5). Os dois são suspeitos de atuarem na compra de votos para a escolha da cidade para sediar os Jogos Olímpicos.
Na história dos Jogos, Nuzman foi o único presidente do comitê organizador a acumular o cargo de mandatário do comitê olímpico do país-sede.
A operação é um desdobramento da Operação “Unfair Play”, que investiga a compra do voto do senegalês Lamine Diack por US$ 2 milhões. O empresário Arthur César Soares de Menezes, foragido há um mês, foi o responsável por pagar a quantia semanas antes da escolha, em outubro de 2009, em Copenhague, de acordo com as investigações.
O Ministério Público Federal considerou a prisão de Nuzman “imprescindível não só como garantia da ordem pública, como para permitir bloquear o patrimônio, além de impedir que ambos continuem atuando, seja criminosamente, seja na interferência da produção probatória”.
Um dos argumentos da Procuradoria foi a retificação ao imposto de renda para declarar entre seus bens 16 barras de ouro de 1 kg, guardados num cofre na Suíça. Ela foi feita no dia 20 de setembro, após a deflagração da Operação Unfair Play.
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