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Ricardo Pinto conversa com parte do elenco tricolor: depois do rebaixamento  no Paranaense, técnico não poderá mais indicar reforços para o time | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Ricardo Pinto conversa com parte do elenco tricolor: depois do rebaixamento no Paranaense, técnico não poderá mais indicar reforços para o time| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Tricolores

Sem animação

O técnico Ricardo Pinto admitiu que, entre a leva de reforços que deve chegar ao clube, muitos não vão animar muito o torcedor. "Alguns nomes talvez o torcedor não fique animado porque ele não vai saber da história do jogador", disse. "Mas, a partir do momento que ele ver esse jogador trabalhando, a torcida vai saber que foi um acerto", completou.

Nas alturas

O treinador paranista quer um grande time para a Série B do Brasileirão. Literalmente. Além de atletas experientes, Ricardo Pinto fez questão de ressaltar que o clube vai buscar a contratação de jogadores altos. "Se tivermos a condição de disputa de dois jogadores e um for mais alto do que o outro, que se escolha o mais alto", destacou.

Goleiro

Entre as contratações previstas para a Segundona está a de um goleiro. Zé Carlos, que já passou pelo Paraná e atualmente está na reserva do Avaí, é o nome mais cotado. "Vamos trazer outro goleiro e isso será importante para o Thiago [Rodrigues, atual titular]. Ele mostrou qualidade, mas é bom que haja alguém que o obrigue a trabalhar e produzir mais", justificou Ricardo Pinto.

Depois de assumir o Paraná no meio do Estadual, com o time em uma situação muito complicada, o técnico Ricardo Pinto pedia a chance de "iniciar um trabalho". Algo como colocar a equipe no trilho. É, em tese, o que vai acontecer agora, pós-rebaixamento regional, com o treinador permanecendo no Tricolor para a Série B. A autonomia, porém, não será total. O ex-go­leiro não vai poder indicar nenhum reforço para a disputa com­­petição nacional.

"Eu não fiz e não vou fazer indicação alguma. Isso vai ser prioridade total da diretoria. Pode haver um diálogo, uma conversa sobre os atletas que eles me apresentarem, mas nome eu não vou passar", disse o treinador.

A estratégia é uma reviravolta no modelo como o futebol paranista vinha sendo administrado. Pensando em evitar velhos erros, quando técnicos como Paulo Comelli e Roberto Cavalo ganharam carta branca da diretoria para montar o elenco, os dirigentes radicalizaram. Decidiram centralizar a contratação de atletas.

Roberto Cavalo, primeiro técnico do ano, foi o responsável pela vinda de jogadores que pouco ajudaram o clube, a maioria deles trazidos do Mixto-MT. Alan, Tito, Zé Paulo, Paulo Matos e cia. consolidaram o pior início de temporada da história tricolor, culminando com a queda no Paranaense.

"É uma opção deles [diretoria], porque sofreram com a preparação para o Estadual. Não tive nada a ver com isso, mas aceito", declarou Ricardo Pinto, confiando no "olho clínico" dos cartolas – leia-se Durval Lara Ribeiro, o Vavá, ex-diretor de futebol do clube que agora irá trabalhar como uma espécie de consultor, indicando e negociando reforços.

"São pessoas que trabalham no futebol há muitos anos, como o nosso presidente Aramis [Tissot], que tem muita bagagem para falar de jogadores de futebol. Para mim o que importa é que eles têm na cabeça que precisamos montar um grande time", apontou o técnico.

Estima-se que entre 10 e 12 jogadores devam chegar à Vila Capanema para o Brasileiro. O primeiro deles será apresentado amanhã, mas o nome ainda não foi confirmado.

Enquanto uns chegam, outros deixam de fazer parte dos planos paranistas. Seis jogadores que não se reapresentaram ontem devem ser dispensados: o zagueiro Rafael Vaz, o lateral George, o volante Javier Méndez, os meias Taianan e Vinícius, além do atacante Renato.

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