Em meio à preparação para o jogo de amanhã contra o Vasco, o técnico Givanildo Oliveira deixou o comando do Atlético. Enquanto os jogadores se aqueciam para o coletivo marcado para ontem à tarde que acabou se transformando em um rachão , o treinador foi embora do CT do Caju acompanhado pelo preparador físico Wellington Vero e o auxiliar técnico Pedro Manta, ambos também de saída.
Procurado para comentar o fato, o técnico não quis se estender no assunto, não explicando o motivo da saída. Nem se foi demitido ou pediu demissão. Porém, Givanildo prometeu dar a explicações nos próximos dias.
Seguindo a linha de segurar o máximo possível as informações, o diretor desportivo Marcos Moura Teixeira apareceu na sala de imprensa apenas para comunicar o fato. E se fechou para qualquer questionamento sobre os motivos que teriam levado à saída do treinador.
"Foi um consenso", repetiu Teixeira, de forma evasiva, para responder quase todas as perguntas. Só mudou o discurso para tentar explicar porque a decisão foi tomada na antevéspera da partida no Rio de Janeiro e não no início da semana. "São circunstâncias do trabalho profissional. A gente nunca pode escolher o momento em que as coisas vão acontecer."
Obviamente não estava nos planos do clube se desfazer de Givanildo antes do jogo contra o Vasco. Tudo leva a crer que o técnico, já desgastado por ter entrado no meio do tiroteio entre a diretoria e o atacante Dagoberto, não concordou com alguma determinação administrativa e pediu para sair.
Os jogadores também foram pegos de surpresa e tampouco receberam explicações da diretoria. "Ele (Teixeira) foi ao campo, falou que o Givanildo não estava mais no time e só", contou o goleiro Cléber. Perguntado sobre a reação do elenco, respondeu: "Espanto. Apenas isso."
A rápida declaração só foi obtida porque Cléber parou o carro na saída do CT. Apesar de os repórteres terem sido chamados para a janela de entrevistas, que só acontece duas vezes por semana, a diretoria repentinamente proibiu os jogadores de darem entrevistas.
Outro que falou de passagem foi o auxiliar técnico Nílson Borges, que vai dirigir o time ao lado do preparador de goleiros Waldemar Privatti. Ele disse que pretende manter a mesma formação que vinha sendo treinada por Givanildo, ou seja, o 3-5-2 com cinco mudanças em relação ao time que perdeu o clássico para o Paraná.
A lista de substitutos é encabeçada por Oswaldo Alvarez, demitido da Ponte Preta antes da Copa. Toninho Cerezo, que quase veio no início do ano, e Geninho, que está ameaçado de perder o cargo no Corinthians, também são opções.