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Rubens Barrichello testa pela primeira vez, hoje, o carro da Brawn | Lluis Gene/AFP
Rubens Barrichello testa pela primeira vez, hoje, o carro da Brawn| Foto: Lluis Gene/AFP

Barcelona - Após ganhar uma das vagas na Brawn GP, equipe chefiada por Ross Brawn e criada a partir do espólio da Honda, o brasileiro Rubens Barrichello, 36 anos, disse que ligou para Bruno Senna, 25, e falou que o compatriota tem futuro na Fórmula 1.

Recordista em participações na principal categoria do automobilismo, Barrichello venceu a disputa com o sobrinho de Ayrton Senna, a quem disse considerar um amigo.

Barrichello revelou que tentou falar com Bruno após o anúncio da Brawn GP, sem obter sucesso. O veterano piloto, no entanto, disse que deixou uma mensagem na caixa postal de Bruno Senna.

"Somos bons amigos, e apesar de não termos nos falado nos últimos meses, quando estávamos disputando uma vaga, não tem nada a ver com nós", comentou Rubinho.

"Foi uma completa coincidência que estávamos no mesmo lugar ao mesmo tempo, mas desejo a ele tudo de bom. Para alguém que tem apenas três ou quatro anos de experiência, ele tem ido muito bem e tem futuro na F-1", completou o veterano.

"Não vi ninguém com essa capacidade de correr por três anos e de repente chegar à F-1 e ir tão bem como ele foi nos testes", disse Barrichello, referindo-se à participação de Bruno Senna nos testes com a Honda em novembro do ano passado.

"Sou apenas sortudo porque agora a F-1 mudou um pouco. Por causa dos poucos testes, teremos mais pilotos experientes", finalizou o brasileiro

No primeiro dia de testes, ontem, a Brawn GP surpreendeu. A escuderia mostrou-se competitiva durante no teste coletivo, no circuito de Barcelona. Com Jenson Button ao volante, o modelo BGP 001 foi o quarto mais rápido da sessão.

O inglês completou 82 voltas, sem nenhum grande problema mecânico. Ele cravou 1min21s 140 em sua melhor volta, e chegou a liderar a tabela de tempos no circuito espanhol no período da manhã. O mais rápido da sessão foi Nick Heidfeld, da BMW, com 1min20s339.

O finlandês Kimi Raikkonen, campeão em 2007, voltou a mostrar bom desempenho com o modelo F60 da Ferrari. Ele foi o segundo mais rápido do dia, com 1 min20s908. Jarno Trulli, da Toyota, ficou em terceiro, e Nelsinho Piquet colocou a Renault no meio do pelotão, com o quinto lugar.

A decepção do dia ficou por conta da McLaren, equipe do campeão Lewis Hamilton. Com o finlandês Heikki Kovalainen ao volante, a escuderia viu seu carro na última colocação, com 1min 22s948.

Os testes continuam hoje, e devem ter como maior novidade justamente a estreia de Rubens Barrichello pela Brawn GP. O brasileiro não pilota um carro de Fórmula 1 desde o GP do Brasil de 2008, em Interlagos, que encerrou a temporada.

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