Aposta em time-base vira arma do Atlético

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A ascensão técnica do Atlético nas últimas partidas – especialmente, contra Atlético-MG e Goiás – tem origem em um privilégio raramente concedido aos técnicos no futebol brasileiro: a possibilidade de repetir a escalação da equipe. Amanhã, contra o Fluminense, Ney Franco tem mais uma vez todos seus jogadores à disposição. E só não repetirá o time se não quiser.

Com Ramón praticamente refeito da contusão nas costelas que o tirou do segundo tempo em Goiânia, poderá ser a terceira vez seguida que o Atlético terá em campo o mesmo "onze titular". A não ser que Netinho ganhe nova oportunidade. Frente ao Goiás, ele marcou o gol mais bonito do noite, e surge como concorrente para uma vaga no meio-de-campo.

Porém, entre a juventude e a experiência, a tendência é ficar com a segunda. Consagrado com a camisa do Vasco e com passagem pelo Fluminense, Ramón tem como diferencial conhecer bem o Maracanã, palco da disputa às 19 horas.

"Todo mundo que está fora busca o seu espaço. O companheiro (Netinho) entrou e deu conta do recado, quem ganha com isso é o clube, que tem mais opções", disse o meia. E sobre o Maracanã, ele alerta. "É sempre difícil de jogar no Rio de Janeiro, temos que ficar bem atentos. Mas é um campo grande, neutro e temos condições de vencer".

Nas outras duas gestões atleticanas, de Oswaldo Alvarez e Antônio Lopes, o Atlético foi o mesmo consecutivamente em apenas em duas oportunidades. Com Vadão, na vitória sobre o Internacional(2 a 1) e na derrota para o Santos (0 a 1). Já com o Delegado, a mesma equipe entrou em campo para vencer o Flamengo (2 a 0) e acabou perdendo para o São Paulo (2 a 0).

"Isso ajuda muito. Eu até usei na palestra com eles no último jogo, a importância disso. E sempre que nós tivermos essa chance, temos que usar, pois o entrosamento é a base para um bom rendimento", comentou Ney Franco.