O termo adeus definitivamente não consta no dicionário que Atlético e Antônio Lopes compartilham. Nas quatro oportunidades anteriores em que o treinador dirigiu o clube, as despedidas dos jogadores e da diretoria certamente foram resumidas a um simples "até logo". Depois de 18 meses longe de Curitiba, mais uma vez o Delegado retorna à Baixada. O objetivo? Salvar o Furacão da Segunda Divisão.
Lembrado principalmente pelo vice da Libertadores em 2005, a versão 2011 de Lopes, aos 70 anos, já não pode ser enquadrada como uma contratação certeira, mas como uma aposta no passado e na ligação com o Rubro-Negro.
Ao segundo lugar no torneio continental, emendou o título nacional pelo Corinthians há seis temporadas. O ponto alto nos últimos anos. Desde então, se acostumou a acumular resultados ruins ou medianos por onde passou: Vasco, Avaí, Vitória e América-MG seu último clube, onde ficou apenas quatro jogos , além do Atlético em 2007 e 2009-2010.
É contra esse retrospecto que Lopes precisa lutar para salvar o Atlético da degola. Com a necessidade de um aproveitamento de cerca de 55% até o fim do Nacional, terá de ser ligeiramente melhor que nas passagens de 2005 e 2009-2010, quando conquistou 54% dos pontos disputados.
As dificuldades e os insucessos recentes parecem não incomodar o experiente técnico. "O treinador fica com essa situação de ter de ganhar sempre, só que isso é humanamente impossível. Mas é lógico que trabalhamos para vencer. Quero sempre ganhar", afirmou o Delegado, que não quis saber de perder tempo e já comandou um treino tático na tarde de ontem em Porto Alegre, onde o time enfrenta o Grêmio amanhã.
Lopes reconhece que a má colocação da equipe no campeonato, afundado na penúltima posição, com 18 pontos, coloca ainda mais pressão no trabalho. Algo que diz ser normal e suportável. "É mais um desafio em decorrência da situação na qual o Atlético se encontra. O clube tem boa estrutura, dá boas condições de trabalho, tem um grupo bom e qualificado de jogadores. Isso tudo me fez aceitar o desafio", contou ele, acrescentando que escapar da Segunda Divisão é "totalmente possível".
O técnico, contudo, chega sabendo que não era o número 1 da cúpula rubro-negra. Responsável pelo departamento de futebol, Alfredo Ibiapina negociou com Paulo César Carpegiani até esbarrar na alta pedida salarial.
Mesmo assim, o dirigente diz confiar que o Delegado vai tirar o Rubro-Negro da zona do rebaixamento. "É um treinador que tem o maior prazer de treinar o Atlético, gosta e conhece o clube e os problemas. Está acostumado com esse tipo de situação que estamos vivendo. Tenho certeza de que vai fazer um bom trabalho", comentou Ibiapina, como sempre esbanjando otimismo.
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