Pelo segundo ano consecutivo, a árbitra paranaense Edina Alves Batista, 38 anos, ostenta o escudo da Fifa. Mais do que isso. Ela está entre as pré-selecionadas para apitar a Copa do Mundo feminina na França, em 2019. No ano passado, chegou a trabalhar em uma partida da Série B do Brasileirão. Mesmo com esse currículo recente, ela nunca teve a oportunidade de apitar um jogo da Primeira Divisão do Estadual.
No último final de semana, ela comandou um jogo da Segundona local, entre Portuguesa Londrinense e Iraty. Caso não tivesse sido escalada para essa partida, já tinha sido convocada para a CBF para ser a árbitra do Campeonato Potiguar. Cenário que não desanima a destaque estadual.
“É uma situação complicada para falar. Mas eu nunca desisto dos meus sonhos. Eu trabalho para levar o nome do Paraná e do Brasil para frente”, conta Edina, que passa há anos pelos mesmos testes físicos dos homens.
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Segundo Afonso Vitor de Oliveira, presidente da comissão da arbitragem da Federação Paranaense de Futebol (FPF), o trabalho da árbitra está sendo acompanhado de perto e existe a possibilidade de ela ainda aparecer no Estadual deste ano.
“Tudo depende do rendimento dela, está indo muito bem, em um crescente grande”, elogia Oliveira. “Se ela não apitar esse ano [a elite do Estadual], com certeza ano que vem vai”, promete.
Em entrevista publicada na Gazeta do Povo há um ano e meio, a ex-árbitra paranaense Sueli Tortura disse que a falta de árbitras em atividade no Paranaense ocorre justamente porque Oliveira não gosta de mulheres apitando jogos de homens. Algo que ele nega.
“Claro que não. Só não pode atropelar a hora certa. A hora que ela estiver no ponto, claro que ela [Edina] vai apitar. Não tenho nada contra”, garante o comandante da arbitragem no Paraná.
Após voltar recentemente do Catar e com viagens confirmadas para apitar jogos femininos no Chile, na França e no Uruguai, Edina evita a polêmica estadual. Ela garante que Oliveira foi um grande professor no início da sua carreira, alguém que admira muito e tem como espelho como um dos grandes árbitros da história do estado. Resta seguir trabalhando em busca de mais espaço para a arbitragem feminina.
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