Objeto arremessado em campo
No relato do árbitro gaúcho Leandro Vuaden ele menciona o arremesso de uma revista no gramado da Arena. Segundo ele, o exemplar recolhido e anexado à súmula estava dobrado e não teria atingido ninguém. "Talvez possa acontecer uma denúncia e vamos esperar. Mas, convenhamos, não é para se assustar. É lamentável que tenha sido jogada, mas deve mudar nada a situação", disse Domingos Moro.
Quem corre o risco de receber uma punição é o jogador Willians. O atleta do Flamengo acertou o braço no rosto do jogador Márcio Azevedo e corre o risco de ser denunciado por agressão. Se for punido, pode pegar um pesado gancho de suspensão.
A expulsão do técnico Antônio Lopes na partida entre Atlético Paranaense e Flamengo, realizada no último domingo, em Curitiba, e toda a confusão que ela gerou, criou a expectativa de uma possível punição ao comandante do Furacão. Entretanto, a divulgação da súmula produzida pelo árbitro Leandro Vuaden no site da Confederação Brasileira de Futebol tranquilizou o torcedor rubronegro.
Não houve relato de ofensas e nem de um comportamento agressivo, ou coisa parecida, vinda do técnico atleticano. Vuaden comentou apenas que o treinador teria "gesticulado com a cabeça, balançando-a de um lado para o outro", além de ter se colocado à frente do trio de arbitragem pouco antes do reinício da partida no 2º tempo, impedindo sua passagem.
Para o advogado do Furacão, Domingos Moro, a situação é preocupante, mas não tão grave quando parecia. "Antes da súmula e da própria denúncia, não temos como falar com certeza. As pessoas se preocuparam antes do tempo. Vi a súmula, bem redigida, aliás, mas acho que existe a possibilidade de combate-lá", disse, por telefone, à Gazeta do Povo.
A descrição afasta definitivamente a possibilidade de enquadramento por ofensa moral, afinal cita que Lopes apenas reclamou por gestos. "O gesto relatado é de censura com a cabeça, não fala em palavras. Talvez o que possa nos preocupar seja uma possível denúncia por invasão de campo e também de atraso, embora o time estivesse em campo", disse Moro, citando que o jogo não começou por outros motivos, não pela demora da equipe em comparecer ao campo. A bola só rolou seis minutos após o tempo previsto.
A expulsão
Uma dúvida que permaneceu mesmo após a divulgação da súmula foi o momento em que Lopes acabou expulso. "Vou provar que ele não foi expulso no final do primeiro tempo, entrando nos vestiários. Se isso estivesse acontecido, todos teriam noticiado. Ele foi comunicado da expulsão apenas quando estava voltando. Se não fosse assim, não teria voltado. O Lopes não é uma criança".
Existia a expectativa de que o auxiliar de arbitragem Altemir Hausmann anexasse uma queixa contra o treinador do Atlético. Contudo, tal relato não aconteceu. "Se houve problema, foi com o auxiliar, não com o árbitro principal. A narrativa do Vuaden é de uma suposta interpelação do Lopes ao trio, sem menção ao auxiliar. Isso me faz parecer que o Lopes tem razão na sua reclamação (de que foi "agredido" com um empurrão por Hausmann). Eu acho, numa rápida análise, que a súmula abrandou a denúncia para que se abrandem as punições".
Lopes faz Boletim de Ocorrência por "chambão"
O técnico do Atlético realmente registrou um B.O. na delegacia itinerante que é instalada na Arena da Baixada em dias de jogos. Segundo Domingos Moro, aproveitando as palavras ditas pelo procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva à Gazeta do Povo, o clube pode apresentar uma queixa contra Hausmann.
"Ele fez o B.O. e arrolou como testemunhas o Bolinha (massagista) e o professor Riva (Riva de Carli, preparador físico), que teriam visto o esbarrão, ou chambão, como disse o próprio Lopes. Provavelmente deveremos, até em função do que a Gazeta publicou, formalizar uma queixa. Se ela vai ser recebida e julgada, são outros quinhentos. Mas vamos ver essa possibilidade", concluiu.
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