O gol de mão de Wellington Silva que deu a vitória ao Paraná Clube sobre o Ceará, no último dia 19 de setembro, no Castelão, poderá trazer um triste desfecho para a carreira do árbitro alagoano Charles Hebert Cavalcante Ferreira. O juiz não viu o toque do atacante paranista e validou o lance, gerando uma confusão na partida. Pelos erros, ele pode pegar até 600 dias de suspensão nesta sexta-feira, quando a Quarta Comissão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julga o caso.
A procuradoria do STJD denunciou o árbitro com base nos artigos 259 (deixar de observar as regras da modalidade), com pena que varia de 30 a 120 dias de suspensão, e 266 (deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha presenciado), podendo pegar de 60 a 360 dias de gancho.
Além das imagens que serão usadas no julgamento, pesa contra Charles Hebert o relato da assistente Ticiana Falcão, que levantou a sua bandeira no momento do gol com a mão, alertou o árbitro, o qual acabou assumindo a responsabilidade e validou o gol irregular de Wellington Silva. A confusão que o lance causou no intervalo do jogo, com agressões entre seguranças e jogadores, também será considerada.
Por enquanto o juiz alagoano já foi suspenso preventivamente por 90 dias pela Comissão Nacional de Arbitragem. A auxiliar Ticiana Falcão também pegou uma "geladeira" de 30 dias. As informações são do site Justiça Desportiva.