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O Atlético inicia hoje o biênio mais esperado de sua história. Explica-se: nos próximos dois anos, o sonho mais audacioso dos 81 anos de vida do clube será finalmente concluído. A finalização da Arena – um projeto que no começo, em 1997, foi taxado por muitos como loucura – está marcada para o fim de 2007.

Desta vez, sem adiamentos. Com a compra da parte terreno que faltava para a conclusão do estádio, na metade deste ano, não há mais empecilhos para que a Arena se torne definitivamente o símbolo da passagem do grupo de Mário Celso Petraglia à frente do Furacão.

Por enquanto, são dez anos no comando do clube – mesmo que no período o dirigente tenha aparecido em vários cargos no organograma rubro-negro, sempre foi dele a palavra final sobre o rumo que o Furacão tomaria. Mas o "mandato" ainda não tem data para acabar.

A prova disso é a eleição de hoje para definir a formação dos Conselhos Deliberativo e Administrativo do Atlético no período 2006/07 – a se realizar das 14 às 19 horas. Novamente, como em todos os pleitos de que Petraglia participou no Furacão, não haverá disputa. Os cerca de mil sócios do clube aptos a votar terão apenas uma opção, a de ratificar a manutenção do atual grupo no poder. E isso ocorrerá mesmo que apenas um sócio endosse a chapa.

Mas há quem defenda que a finalização do estádio também marcaria o fim da unilateralidade na gestão do clube. Embora o presidente do Conselho Deliberativo diga esperar que a teoria se torne realidade, mostra desconfiança com o raciocínio.

"Tomara que isso aconteça. É justo, democrático e necessário que outros atleticanos venham tomar conta do rumo do clube. Eu até gostaria. Mas não acredito que a conclusão da Arena tenha sido um inibidor para isso. Pois os desafios vão conosco à frente. Hoje é a conclusão da Arena, mas amanhã serão outros ainda maiores", analisa Petraglia.

Outro dirigente que discorda sobre a possibilidade do surgimento de uma oposição daqui a dois anos é João Augusto Fleury da Rocha. Para ele, o fato de não haver "bate-chapa" não tem ligação com realizações ou momentos do clube, mas sim com a tradição.

"Historicamente nunca tivemos grandes confrontos. Ao contrário da maioria dos clubes, sempre procuramos a solução pela união. Estou no clube desde 1970 e não lembro de disputas", diz o dirigente, que continuará à frente do Conselho Gestor atleticano.

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