O plano para captar recursos via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sem ônus financeiro para o Atlético está arquitetado. Quando o vice-governador Orlando Pessutti assumir o cargo de Roberto Requião, que deve se afastar em abril para disputar uma vaga no Senado, o dinheiro aparece. Pessutti é um dos grandes incentivadores da Copa em Curitiba e deve avalizar em nome do estado o empréstimo de R$ 100 milhões para concluir a Arena.
Vingado
Luiz Linhares, hoje o maior opositor da gestão Hélio Cury à frente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), saiu por cima na briga sobre as condições do Estádio João Cavalcanti de Menezes, em Engenheiro Beltrão. O dirigente dizia que o local não tinha condições de segurança, ao contrário da FPF. Esta semana um vendaval derrubou um muro da praça esportiva.
Todo-poderoso
"Esta situação só derruba a tese do presidente da FPF, que nos acusava de fraudar uma situação junto ao Ministério Público para não jogarmos aqui e podermos jogar em Maringá. Graças a Deus, não havia jogo naquele momento e nada de ruim aconteceu", afirmou Linhares, no site oficial do Engenheiro Beltrão.
Aiô, Silver
José Carlos de Miranda, candidato da oposição no Paraná, parece confiante para desbancar a chapa de Aramis Tissot dia 11/11. "Sabe aqueles cavalinhos da Globo (para mostrar a classificação do Brasileiro)? Então, estamos bem na frente dos demais", garante ele.
Peculiaridade
A tese de Miranda é simples. "O torcedor não vota. Essa gurizada de internet, não vota também. Quem decide é o sócio. E estes estão comigo em grande parte. Se o forte fosse essa gurizada, que sonha em mudar tudo, o Aramis até ganharia."
Sem exagero
O Rubro-Negro descartou em um primeiro momento qualquer cortesia ao rival durante os festejos do centenário. Para o presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, Gláucio Geara, a homenagem será a presença dele e outros "pares de diretoria no baile de gala (16/10) do Clube Curitibano". "Fiquei muito honrado com o convite", diz.
Regra implícita
O Coritiba só espera que os convidados atleticanos (o presidente Marcos Malucelli também está na lista alviverde) não apareçam com peças de roupa vermelha no baile. Chegou-se até a cogitar a hipótese de colocar tal regra nos convites, mas o cerimonial coxa-branca achou que seria indelicado.
Simpático
Em tempos de bom relacionamento entre os clubes da capital, o Atlético então decidiu homenager o rival com um anúncio a ser publicado amanhã e o slogan: "Ei, Coxa, parabéns!"
Não e não
Gustavo Hauer, coordenador do centenário alviverde, vetou mesmo o vermelho e preto da festa. Quando ele fechou com a dupla Zezé di Camargo e Luciano, por exemplo, chegou a comprar DVDs de shows da dupla. Viu que as luzes do palco eram as mesmas do rival. Não vacilou. Ligou para o produtor e pediu a mudança.
Folhetim
Em palestra em Curitiba esta semana, o técnico Bernardinho, da seleção masculina de vôlei, voltou a falar do caso Ricardinho crise deflagrada pouco antes da Olimpíada de Pequim. Reafirmou que o levantador não quis dividir o bicho, desafiou sua liderança e por isso foi cortado.
Durival
João Arnaldo, autor do hino paranista, enviou esta semana a letra de uma música à Gazeta do Povo. É uma canção de louvor à Vila Capanema onde o atual time tricolor costuma dar os maiores vexames na Série B. Um grupo de samba de Curitiba, segundo o autor, deve gravá-la em breve. Na cadência: "Na Vila até o jogo é diferente/ Não há como esconder o seu glamour (...)/ É tão gostoso ver em cada rosto/ Um velho conhecido, um irmão/ E misturado a gente da favela/ O seu doutor, o magnata e o figurão."
Colaboraram Ana Luzia Mikos e Robson De Lazzari
O site
A promessa é de investimento na casa dos US$ 14,42 bilhões. Será dinheiro do governo federal, do estado do Rio, da prefeitura carioca e da iniciativa privada. O site indicado promete acertar todas as contas do evento olímpico. Não custa monitorar, pois o custo inicial do Pan, em 2007, era de R$ 414 milhões e acabou em R$ 3,7 bi (oito vezes mais). http://www.transparenciaolimpica.com.br/
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Entrevista
Guilherme Costa Straube, integrante do grupo Helênicos, responsável pela principal pesquisa sobre os 100 anos do Coritiba (foto à esq.)
Que balanço você faz dessa pesquisa/resgate histórico do Coritiba?
Para se ter uma ideia, nós gostaríamos de lançar o livro de toda pesquisa em abril, mas vamos fazer isso apenas em dezembro.
O resultado foi fantástico e acho que ainda vão aparecer mais coisas.
Qual a principal descoberta?
Olha, eu acredito que o primeiro escudo do Coritiba. Foi um fato surpreendente e de muita divulgação.
Como funcionou esse trabalho?
Fizemos de tudo um pouco. Visitamos cemitérios, parentes de jogadores, pesquisa em internet, cartório... Muita coisa. E olha que isso não acabou. Estamos juntando pedrinhas do nosso quebra-cabeça. Pois a história do Coritiba é isso, um quebra-cabeça.
Alguma mentira virou verdade?
Várias. Mesmo o escudo, que todos achavam ter sido sempre o redondinho, era outro no início da história. Uma história curiosa foi do atacante Egg. Através de contatos, encontramos uma senhora da família dele. Achei curioso que anos depois houve um goleiro com o mesmo nome. E não é que era o mesmo cara. Ele teve um problema de saúde, não podia correr mais, deixou de ser um ótimo atacante para se tornar um bom goleiro.
Qual o grande momento do Coritiba nestes 100 anos?
Não tenho a menor dúvida: o tricampeonato estadual de 1973. Era um título perseguido pelo Evangelino (Costa Neves, ex-presidente). O clube tinha conseguido vários bicampeonatos e o tri era uma obsessão. Além disso, era um time que poderia fazer frente ao Palmeiras de Ademir da Guia, o Inter de Falcão e Figueroa e o Cruzeiro de Dirceu Lopes. Um timaço mesmo. É o ápice do centenário.
É verdade que o clube nasceu racista?
Isso é uma mentira, sabe. No início dos anos 10, por exemplo, descobrimos fotos de um jogador mulato: Natálio Santos. Depois, pesquisando melhor, viu-se que ele era também tesoureiro do clube. Pois veja, como um clube racista iria colocar um negro para cuidar do seu dinheiro? Não tem nada de racismo.
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