Buenos Aires - Por quase todo o planeta, as 24 horas de quarta-feira (22) transcorreram como um dia qualquer. Sensação completamente diferente mexeu com os argentinos. Na sede da Copa América, a quarta-feira fria e chuvosa marcou os 25 anos da transformação de Diego Maradona em "deus".
No dia 22 de julho de 1986, Argentina e Inglaterra duelavam pelas quartas de final do Mundial do México, ainda sob a tensão da Guerra das Malvinas, conflito que opôs os dois países no início dos anos 80. El Pibe envergava a camisa 10 dos portenhos após a ausência na Copa de 1978, vencida em casa pelos hermanos, e a decepção quatro anos depois, na Espanha. Era um craque, mas só.
Tudo mudou em somente quatro minutos, com "la mano de Dios" e "el gol del siglo". No primeiro lance, Maradona saltou e desviou a bola com a mão, encobrindo o goleiro Peter Shilton e abrindo o marcador no Estádio Azteca, aos seis minutos da etapa final.
Ao término do confronto, ele proferiu a frase clássica: "Foi um pouco com a cabeça de Maradona e a mão de Deus". Até hoje, são muitos os que acreditam, piamente, na intervenção divina. "Como explicar? Não tenho dúvidas que Ele nos ajudou", diz o frentista Juan Cardozo.
Quatro minutos mais tarde, outra jogada se tornaria célebre esta o baixinho reivindicou autoria exclusiva. Partindo de trás da linha do meio-campo, com a bola colada aos pés, Maradona deixou cinco marcadores na saudade, com dribles desconcertantes, até fintar o goleiro e rolar para as redes.
Foi o "gol do século" para os argentinos, anotado pelo "barrilete cósmico", na voz do narrador uruguaio Victor Hugo Morales. "Esse é o gol que você sonha quando vai dormir", declarou ontem Maradona em entrevista concedida à rádio Metro de Dubai, nos Emirados Árabes, onde treina o As Wasl.
"Jamais vi algo como aquilo, e creio que não verei nunca mais. Uniu técnica, velocidade, inteligência, todas as qualidades de um gênio do futebol. E ainda foi marcado em uma Copa, o que o torna mais significativo", afirma o publicitário Ruben Salcido.
Pelas ruas de Buenos Aires, os dois feitos são referência até os dias atuais. Basta um passeio na Florida, principal centro comercial da capital, para vê-los estampando camisetas, revistas, livros, etc até o personagem americano de desenho animado Hommer Simpson aparece imitando o tento com "la mano de Dios". Também foi destaque em todas as televisões e jornais na comemoração dos 25 anos.
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