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Gelsenkirchen – A Argentina saiu viva do Grupo da Morte depois de apresentar um futebol de pura magia contra Sérvia e Montenegro. Ganhou por 6 a 0, classificou-se para a segunda fase e da fria e feia Gelsenkirchen manda um aviso ao Mundial. É candidata – e forte – ao título. Foi um jogo mágico. A beleza do futebol sintetizada em 90 minutos.

Toques, dribles, lançamentos, aplicação, posicionamento, tudo o que faz do futebol o esporte mais popular do mundo. Um jogo – melhor seria dizer uma exibição – para ser lembrada eternamente. Estudada em escolinhas de futebol. Uma ode ao futebol. E que teve seu momento mais bonito aos 26 minutos do segundo tempo. A torcida sérvia – umas 15 mil pessoas – se levantou e bateu palmas para o time argentino que estava há dois minutos tocando bola. E que a tocou ainda por mais um minuto.

A vitória foi o ponto final a uma série de coincidências que assustava os argentinos. Como em 2002, o time havia caído no Grupo da Morte, com um africano e dois europeus. Como em 2002, havia vencido os africanos por um gol de diferença. E o belo estádio do Schalke 04 estava com o teto fechado. Como em Sapporo há quatro anos, quando a Argentina perdeu por 1 a 0 para a Inglaterra, com o gol de Beckham, de pênalti. Nesta sexta, tudo foi enterrado.

Diante do recital apresentado pelos argentinos, fica difícil entender a frase utilizada por todos os jogadores após a partida. "Foi belo, mas é preciso melhorar para chegarmos mais longe". O capitão Sorín foi mais direto. "Essa vitória não muda nada. O Mundial tem dois favoritos: Brasil, porque é o melhor, e Alemanha, porque é o anfitrião. E a Inglaterra porque é muito forte". Muy amigo.

A Argentina realmente é um time muito determinado. Há estrelas, mas não há jogadores que se portem como estrelas. "Somos 23 irmãos prontos para lutar muito. Isso é o que interessa", diz Sorín.

"A Argentina foi sólida e dura contra os africanos e foi sólida e contundente contra os sérvios, mas o que nos deixa feliz é que cumprimos o primeiro objetivo. Agora, vamos contra a Holanda. É nossa próxima tarefa", diz.

Vai ser um jogaço. Dia 21, quatro da tarde, em Frankfurt

Em Gelsenkirchen

Argentina 6Abbondanzieri; Burdisso, Ayala, Heinze e Sorín; Mascherano, Lucho González (Cambiasso), Maxi Rodríguez (Messi) e Riquelme; Saviola (Tevez) e Crespo. Técnico: José Pekerman.

Sérvia e Montenegro 0Jevric; Duljaj, Gavrancic, Krstajic e Dudic; Nadj (Ergic), Koroman (Ljuboja), Stankovic e Predrag Djordjevic; Milosevic (Vukic) e Kezman. Técnico: Ilija Petkovic.

Estádio: Arena AufSchalke. Árbitro: Roberto Rosetti (Itália). Gols: Maxi Rodríguez, aos 5 e aos 40, Cambiasso, aos 30 do 1.ºtempo; Crespo, aos 32, Tevez, aos 38, e Messi, aos 42 do 2.º tempo. Amarelos: Koroman, Stankovic, Nadj, Crespo, Krstajic (SM). Vermelho: Kezman (SM).

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