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Edson Bastos interessa ao Santos
Sandro Moser, especial para a Gazeta do Povo
Surgiu ontem a notícia de que o Santos, após desistir de contratar o goleiro Dida, cujo contrato está para ser encerrado no Milan, da Itália, estaria interessado no coritibano Edson Bastos. "É sempre lisonjeiro quando algum clube lembra do seu nome. Mas eu estou focado para fazer o meu trabalho e ajudar o Coritiba na Série B", afirmou o goleiro. O coordenador de futebol do clube, Felipe Ximenes, negou a possível saída do goleiro. "O Jamelli [gerente de futebol do Santos] tem uma boa relação com o clube. Se houvesse alguma negociação ele já teria nos procurado", afirmou.
Também ontem, os jogadores do Coritiba comemoraram o primeiro contato com a bola depois da semana de folga no treino tático no CT da Graciosa. "Eu não aguentava mais aqueles treinos físicos. Nosso negócio é bola", brincava o meia Dudu, um dos jogadores que deve viajar para enfrentar o Tigrão Umuarama no primeiro amistoso da intertemporada coxa, domingo."Ainda estamos definindo os jogadores que iremos utilizar. Vamos dar oportunidade àqueles que precisam pegar ritmo de jogo", afirmou o técnico Ney Franco.
No primeiro round da briga judicial que se transformou a permanência de Ariel Nahuelpan no Coritiba, o jogador saiu vencedor. Ontem, ao final da tarde, o juiz da 11.ª Vara do Trabalho de Curitiba, Pedro Celso Carmona, julgou improcedente os pedidos formulados pelo clube, de prorrogação automática do contrato do atacante por mais 3 anos. Cabe recurso.
Na sentença, o magistrado afirma que "o prazo de 05 (cinco) anos fixado no primeiro contrato firmado pelas partes não possui amparo na legislação aplicável ao caso, eis que, em princípio, o artigo 30 da Lei 9.615/1998 (Lei Pelé) não tem incidência para o caso de atleta estrangeiro. Isso porque o referido artigo 30 estabelece prazo de vigência para o contrato de trabalho. Ocorre que no caso de atleta estrangeiro, o prazo de vigência é de no máximo 02 (dois) anos".
Dessa forma, pelo menos em princípio, Ariel está livre para deixar o Couto Pereira ao término do seu compromisso de dois anos com a equipe, dia 31 de julho. E especulações já apresentam possíveis destinos para o camisa 9: dois clubes da Primeira Divisão, Palmeiras e Fluminense, teriam interesse em contar com o artilheiro.
Questionado sobre a sentença, o vice-presidente de futebol alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, preferiu não se manifestar. "Da minha experiência como advogado, aprendi que sentença se cumpre ou se recorre. Não se comenta", disse o dirigente. Após análise do departamento jurídico sobre quais caminhos tomar, o Coxa irá emitir uma nota oficial sobre o assunto provavelmente na próxima sexta-feira.
Antes da decisão de ontem, atleta e clube estiveram frente à frente em audiência, no dia 11 de junho. Porém, a proposta de conciliação por parte do Coritiba, com aumento de salários, não foi aceita pelo argentino. Além disso, o Coxa tentou sensibilizar o procurador de Ariel, em uma viagem de Ribeiro de Andrade até Buenos Aires. No entanto, mais uma vez, nada feito.
Assim, ao que tudo indica, deverá mesmo ficar nas mãos da Justiça do Trabalho o futuro do atleta. Henrique Caron, advogado de Ariel, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.
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