Artilheiro do Furacão em 2009, Rafael Moura segue preterido pela diretoria

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A torcida do Atlético Paranaense segue ansiosa pelo anúncio de reforços que possam qualificar a equipe para as disputas do Campeonato Paranaense, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Em meio a especulações sobre a saída do lateral-direito Nei, a possível volta do volante Alan Bahia e a provável chegada do meia Elias, do Atlético Goianiense, um jogador, que poderia reforçar a equipe, ainda não sabe qual será o seu destino em 2010.

Mesmo sem jogar durante quase todo o segundo semestre, o atacante Rafael Moura fechou o ano como o artilheiro rubro-negro. Com 19 gols marcados (dois pelo Brasileiro, outros três pela Copa do Brasil e 14 pelo Estadual) ele ficou com dois gols de vantagem sobre Marcinho, que jogou quase o ano todo e foi o 2º colocado no ranking dos goleadores atleticanos.

No meio da temporada, quando a situação da equipe no Brasileirão deixava o clima tenso, Moura foi afastado do grupo principal acusado de ser um dos jogadores que tumultuava o ambiente. Desde então passou a treinar em separado, sem perspectivas animadoras de voltar a jogar, afinal não poderia mais se transferir para nenhum clube da Série A (já tinha realizado sete partidas e não podia mais se transferir) e era considerado caro demais para jogar por algum time da Série B.

O ataque do Furacão no Brasileirão foi pífio (o pior entre os 20 times) e mesmo diante dos apelos da torcida pela volta de Moura, a diretoria bateu o pé e não atendeu aos pedidos. E não deve fazê-lo para a próxima temporada. Com contrato até 1º de julho de 2010, o jogador se vê pessimista em relação a seu futuro no clube. "Não me vejo mais no Atlético, mas é o clube quem decide o que fazer", disse.

Sem dar entrevistas desde o afastamento, Moura, embora gentil, ainda se mostra um pouco arredio ao ser indagado sobre qualquer questão referente a sua situação no Atlético. Mas avisa: "Vocês da imprensa e os torcedores podem ficar tranqüilos que ainda vou falar. Em janeiro, quando minha situação estiver resolvida, falarei tudo o que esta engasgado", disse, à Gazeta do Povo.

Perguntado se ainda teria vontade de jogar pelo Atlético e sobre se havia sido procurado pela diretoria para conversar sobre situação, Moura foi direto. "Não fui procurado para nada. Segui treinando todos os dias, pois sou funcionário do clube. Estou louco para voltar a jogar, mas isso não depende de mim. É uma decisão exclusiva da diretoria", concluiu.

A diretoria do Atlético, por intermédio do diretor de futebol, Ocimar Bolicenho, disse que não há nenhuma novidade sobre a situação do jogador.