Artilheiro paranista festeja súbito sucesso

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Os torcedores do Paraná que vi­­bra­­ram com os dois gols de Léo, do­­mingo, contra o Roma, mal sabem que o nome dele está longe de ser Leonardo e que o rendimento do artilheiro da equipe no Estadual não era esperado nem por ele mesmo.

Valério Gomes dos Santos, de 20 anos, chegou despercebido em meio a um pacote do Internacional há cerca de um mês, mas já é destaque da equipe tricolor – pelo menos na eficiência de colocar a bola na rede.

"Não esperava fazer tanto su­­cesso, mas as coisas boas têm acontecido", afirma o jovem atacante. Ele começou como titular em apenas dois jogos (Rio Branco e Roma) – mas anotou quatro gols em três confrontos. O centroavante pretende manter as boas atuações para ganhar espaço e – garante – já é reconhecido pela torcida nas ruas. Ape­­sar disso, con­­fessa que ainda está se acostumando a dar entrevistas.

Com o contrato válido até o fim de novembro, as atuações do avante têm despertado a atenção do Internacional – clube dono dos seus direitos econômicos. "O em­­préstimo serve para dar ritmo de jogo e experiência aos atletas e o Léo, sem dúvida, ainda interessa ao Internacional", afirma o coordenador das categorias de base colorada, Jorge Andrade.

Apesar da volta agendada, Léo tem um motivo-extra para gostar dessa experiência no Paraná. Nascido em Adrianó­­polis, cidade paranaense do Vale do Ribeira, agora o jogador está mais próximo da família do que antes, quando morava em Porto Alegre. "Meus pais até já viram um jogo aqui na Vila Capanema, quando ganhamos do Rio Branco e fiz um gol", comenta o artilheiro.

Léo disse que gosta de atuar como atacante centralizado, mas lembra que na infância se inspirava nas peladas no meia paranaense Alex, revelado no Coritiba, hoje no Fenerbahçe, da Turquia. Os gols do atacante têm sido úteis para colocar o Paraná na terceira posição do 2.º turno do Campeonato Para­­naense e assim afastar o risco de rebaixamento – decidiu dois jogos (ou seja: foi responsável por seis pontos) e abriu caminho para outra vitória.

"Vamos manter o pé no chão porque ainda estamos na rabeira e isso incomoda", analisa o técnico Ricado Pinto.

Pelas contas do treinador, o time paranista precisa vencer mais três partidas para chegar ao número de sete vitórias – o que eliminaria o risco de queda. O treinador reconhece a importância das boas atuações de Léo e também dos outros jo­­vens do elenco. "Eles têm muito dinamismo e estão sempre dispostos a procurar o melhor posicionamento", elogia.