A competição era diferente, mas o Coritiba voltou a repetir os erros do Paranaense e não saiu do 0 a 0 com o Icasa, ontem, em Juazeiro do Norte (CE), na primeira fase da Copa do Brasil. Empate que deve ser comemorado e creditado, mais uma vez, à boa atuação do goleiro Artur.
Longe do time que pretendia vencer por dois gols de diferença e matar o jogo da volta, o Coxa decide sua sorte na competição no dia 8 de março, no Couto Pereira. Quem vencer avança. Empate com gols dá Icasa. Outro 0 a 0, decisão nos pênaltis. Antes disso, porém, o Alviverde tenta se garantir nas quartas-de-final do Estadual, domingo, contra o Londrina, também no Alto da Glória.
A estratégia de Márcio Araújo para derrubar o Verdão do Cariri se baseava na rapidez dos contra-ataques. Em cima disso, o treinador reformulou a formação do meio-de-campo alviverde. Peruíbe se juntou a Rodrigo Mancha na proteção à defesa, bastante criticada na derrota para o Paraná, liberando assim Jackson e Eanes para a criação das jogadas. O técnico não queria repetir o erro do Paratiba, quando o time pouco rondou o gol tricolor.
O plano de Araújo, entretanto, não durou cinco minutos. Esbarrou na disposição dos cearenses. Melhor estruturado em campo e incentivado pelos torcedores que enfrentaram a chuva e foram ao Romeirão, o Icasa foi aos poucos encurralando o Coritiba em seu campo de defesa. Sempre levando perigo ao gol de Artur com os rápidos Cristóvão e Alcimar aquele mesmo que no ano passado marcou o gol de pênalti na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, que selou o rebaixamento da equipe à Segunda Divisão. Entregue e sem força ofensiva, o Alviverde não sabia como se desvencilhar da teia armada pelo técnico Jorge Luís Távora.
Como já virou rotina no Coxa 2006, especialmente após a lesão de Keirrison, apenas o goleiro Artur se destacou em meio à fragilidade verde. Se não fosse a regularidade do camisa 1, o Coritiba teria terminado a primeira etapa em desvantagem.
O que já estava ruim conseguiu ficar pior após a infantil expulsão do volante Rodrigo Mancha, parceiro das faltas desnecessárias. Tanto que no intervalo, num gesto de extrema sinceridade, o capitão Anderson deixou a tradição do Coritiba de lado, e como se estivesse defendendo um time pequeno, sentenciou:
"Sufoco nós vamos tomar sempre na Copa do Brasil. Do Icasa, do Piriri... Se tomarmos apenas um gol já vai ser bom demais", disse o zagueiro, em entrevista à Rádio Banda B.
Na terra de Padre Cícero, o pedido de Anderson foi mais que atendido. A retaguarda coritibana conseguiu se manter invicta. É verdade que o serviço dos defensores acabou facilitado pela precaução de Araújo, que aos 40 minutos do segundo tempo, satisfeito com o 0 a 0, sacou o atacante Jéfferson para a entrada do zagueiro Índio. Resultado que se não empolgou, pelo menos não decepcionou o elenco coxa. "Dentro das dificuldades, novamente atuando com um a menos, acabamos conseguindo um bom resultado. Agora é decidir em casa", disse o meia Guaru.
Em Juazeiro
Icasa 0Valdo; Ivan (Galeano), Nelsinho, Alex Costa e Paulinho; Totonho, Marco Antônio, Tiago Santos (Márcio) e Alcimar; Cristóvão e Marcos Túlio (Róbson).Técnico: J. Luís Távora.
Coritiba 0Artur; Wilton Goiano, Anderson, Henrique e Julinho; Rodrigo Mancha, Peruíbe, Jackson e Eanes (Guaru); Ludemar e Jéfferson (Índio).Técnico: Márcio Araújo.
Estádio: Romeirão. Árbitro: Hércules Martins da Silva (AL). Amarelos: Nelsinho (I); Anderson, Rodrigo Mancha e Eanes (C). Vermelho: Rodrigo Mancha (C).Público e renda: não divulgados.
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