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No estacionamento da Arena após o jogo de sábado, o goleiro Flávio conversava com amigos em frente à saída do vestiário dos visitantes, antes de ir embora. De repente, um grito ecoou: "Vem pra cá, Flávio", vindo de alguém na porta por onde saem os atleticanos. "Meu lugar agora é aqui", respondeu o Pantera, que foi ídolo no Atlético e agora é reverenciado pelos paranistas.

Mesmo assim, o camisa 1 acabou convencido e juntou-se ao companheiro de meta Cléber num bate-papo de velhos conhecidos. "O Flávio foi muito bem no jogo, se não fosse por ele o placar poderia ser maior. Defendeu várias bolas boas do Dênis Marques", disse o goleiro atleticano, sobre o ex-companheiro de quem foi reserva em 2002, no início da vida profissional.

Análise que condiz com a realidade da partida. Foram pelo menos quatro ótimas intervenções do paranista, sendo que em três delas Dênis Marques esteve cara a cara com o gol, chutou bem, mas parou nas luvas seguras de Flávio.

Mas o ótimo desempenho, mesmo tendo levado quatro gols, não satisfez em nada o Pantera da Vila Capanema. Ao apito final do árbitro, Flávio disparou rumo ao túnel, de cara fechada, luvas nas mãos, sem querer falar com os jornalistas. Só foi parado na porta que dá acesso ao vestiário, e resumiu em poucas palavras sua opinião sobre o clássico.

"As defesas que eu fiz não adiantaram nada. Nós não podíamos ter perdido um jogo como esse", declarou.

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