Ágatha ainda está tentando se acostumar com o sucesso que chegou rápida e inesperadamente em sua vida. Desde que disputou com Shaylyn o Desafio das Rainhas, há duas semanas, no Rio de Janeiro, contra as americanas Rachel Wacholder e Elaine Youngs, a curitibana de 21 anos saiu do quase anonimato para virar uma figura pública, com direito a ser reconhecida na rua e dar vários autógrafos por onde anda.
Exemplo disso foram as duas partidas que a dupla realizou ontem, no Parque Barigüi, em Curitiba, no primeiro dia de disputa da chave principal do Circuito Banco do Brasi. Enquanto suavam contra Adriana Bento/ Gisele e Alessandra/ Val, não houve um minuto sequer sem o incentivo da torcida. Adultos, adolescentes e, principalmente crianças.
Bruna, uma menina de 10 anos, estava encostada no alambrado com os olhos vidrados no seu ídolo e não perdia uma jogada para gritar: "Vamos, linda, eu te amo, Ágatha!". Quase sempre arrancou sorrisos da atleta na areia.
"Como a Globo ficou muito em cima pelo Desafio das Rainhas, agora o pessoal está me conhecendo mais", conta Ágatha, que no dia da partida teve de fazer um esforço para que isso não atrapalhasse. "Tive de me concentrar para não lembrar que estava sendo vista por milhões de pessoas e isso não me atrapalhar. Mas é só no começo, depois nem tem como pensar em outra coisa que não seja no jogo", completa.
Bruna assistiu àquela partida, mas ontem, com um caderninho na mão, não pôde ver a segunda vitória de Ágatha e Shaylyn, pois teve de voltar para o Colégio Cesmag, que fica próximo ao Barigüi. Contudo, acabou virando uma espécie de símbolo da ascensão rápida de Ágatha no esporte.
Na edição 2002 da etapa de Curitiba, a atleta havia acabado de trocar a quadra pela areia e não conseguiu nem chegar ao qualificatório. Hoje, precisa de só uma vitória para chegar às semifinais.
O contraste é fruto "de muita ralação", nas palavras da paranaense que ainda anda de ônibus no Rio de Janeiro, onde mora atualmente, e só agora conseguiu comprar um carro e morar sozinha antes, república era uma palavra corriqueira no seu vocabulário. "Cheguei a morar com cinco garotas no mesmo quarto", revela a atleta, que começou na areia em Paranaguá, onde morou durante quase toda a infância e adolescência.
No pouco tempo no vôlei de praia, Ágatha já teve seis parceiras. Antes de Shaylyn, jogou com Shirley, Sueli, Bruna, Andréia Teixeira e, no ano passado, Sandra Pires. Mas as trocas devem parar ao menos neste ano. Se tudo correr bem, a dupla será mantida até a Olimpíada de Pequim, em 2008. Para isso,uma classificação ao Pan do ano que vem é fundamental. "Esse é o objetivo de qualquer atleta, não seria diferente comigo", diz.
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