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Infestação de lagartas danificou o gramado da Vila Capanema para a estreia do Campeonato Paranaense | Giuliano Gomes / Gazeta do Povo
Infestação de lagartas danificou o gramado da Vila Capanema para a estreia do Campeonato Paranaense| Foto: Giuliano Gomes / Gazeta do Povo

Histórico de problemas no campo da Vila

Rendimento –Em 2010, o Paraná tinha dificuldade para trocar o gramado gasto da Vila por falta de verba. A precariedade do piso era tão grande que chegou a afetar o rendimento do clube na Série B. "O problema do gramado interfere na atuação, mas o jogador precisa superar isso", cobrou o então diretor de futebol Guto de Melo.

Produto errado –em março de 2013, o gramado da Vila ficou completamente queimado após a aplicação de um herbicida errado pela equipe de manutenção. A maior parte do campo teve de ser trocada, o que gerou indignação do então técnico Toninho Cecílio. "Está horrível. Dos gramados que vi no Paranaense, esse é o pior", atacou o treinador sobre o campo de sua própria equipe.

Alteração das partidas –o péssimo estado do campo após a reforma por causa da aplicação do herbicida errado forçou Paraná e Atlético a jogarem na Vila Olímpica do Boqueirão, cujo gramado também não estava em boas condições , cheio de barro – o Cruzeiro chegou a entrar com representação na CBF para que não se jogasse mais no estádio. As duas equipes ainda foram forçadas a mandar jogos de dia porque a Vila olímpica não tem iluminação.

Velha reclamação -Em fevereiro de 2014, o velho discurso sobre a falta de qualidade do piso do Durival Britto se repetiu. À época utilizado pelo Atlético que, com a Arena ainda em reformas, disputava a Libertadores no local, e pelo próprio Paraná, o piso foi criticado pelos paranistas. "O pessoal não molha o campo. Esperar pela natureza fica difícil", disparou o atacante Giancarlo na ocasião. À época, o vice-presidente de futebol Luiz Carlos Casagrande culpou a falta de chuvas pela precariedade.

Nova reforma -Ainda em 2014, em julho, durante a parada da Copa, o Paraná precisou fazer nova reforma no gramado, após críticas dos jogadores e da comissão técnica. "Tirando o campo do Oeste, e Itápolis, o nosso gramado era o pior da Série B", atacou o meia e capitão Lúcio Flávio.

Muito criticado por jogadores e comissão técnica durante os últimos anos, o gramado da Vila Capanema inicia 2015 com novos problemas.

Desta vez, uma proliferação de lagartas infestou o campo e impedirá que a equipe comandada pelo téncio Luciano Gusso conte com o piso em plenas condições na estreia no Campeonato Paranaense, dia 31 de janeiro, contra o Prudentópolis.

"Até a estreia [o gramado] não estará 100%, mas já estará em melhores condições", confirma Osmar Nechi, engenheiro agrônomo da empresa Grassteco, responsável pela manutenção do gramado.

"Houve uma infestação de lagartas. Foi feito um controle no último sábado e em questão de 15 a 20 dias teremos melhoras. Essa ocorrência é normal, todo ano acontece", justifica Nechi. A origem da lagarta, explica o engenheiro agrônomo, é o pólen do milho. Como o milho está se formando na lavoura agora, o vento espalha o pólen nos gramados, que atrai a lagarta.

A situação é confirmada pelo vice-presidente de futebol do clube, Luiz Carlos Casagrande. "Fui hoje [quarta-feira] à tarde ao estádio e já está bem adiantado o trabalho, apesar de ter muita lagarta. É impressionante o alto número de lagartas por metro quadrado", afirma o dirigente que, no entanto, não acredita que o problema irá prejudicar o Tricolor na largada do Estadual.

"Já estamos realizando o tratamento com ureia para adubar o local. O gramado amarelou muito", complementa Casagrande.

Para preservar o gramado, desde o ano passado o Tricolor não treina no gramado do Durival Britto. A equipe está treinando na Vila Olímpica do Boqueirão e prepara a mudança definitiva para o CT Racco Paraná, no Caiuá, onde já treinou no fim do ano passado.

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