Acostumado a escapar de carrinhos para chegar ao gol adversário, o paranista André Dias foi vítima da arma preferida dos zagueiros botinudos no clássico contra o Atlético, no último sábado. O atacante foi o primeiro jogador de um clube paranaense a ser expulso dar um carrinho desde que a Fifa passou a recomendar aos árbitros de todo o planeta a exibição do cartão vermelho para quem utilizar o recurso. Dias atingiu o atleticano André Rocha aos 25 minutos do primeiro tempo e recebeu punição imediata do árbitro Sálvio Espínola. Foi para o chuveiro mais cedo, levou uma bronca do técnico Lori Sandri e compreendeu a atitude do árbitro.
"Na hora achei exagerada minha expulsão, mas depois, revendo o lance percebi que a imagem ficou forte e o André Rocha ainda fez um pouco de encenação. Eu dei o carrinho, mas de maneira nenhuma quis machucar ele", explicou Dias, que na hora levou as duas mãos a cabeça e aplaudiu o árbitro.
A reação, diz ele, foi um misto de medo com a consciência de que tinha feito algo errado. Antes do jogo, Lori alertou aos jogadores para que evitassem o carrinho para não serem expulsos. No momento em que recebeu o cartão, preferiu não criar problemas com o árbitro. "Seria pior. Ele poderia colocar algo na súmula e me prejudicar mais", afirmou ele, contrário à nova determinação.
"Essa determinação vai dar muita polêmica e decidir muito jogo. Acho que seria uma punição justa quando machucar algum outro jogador, quem deu o carrinho ficar parado pelo mesmo período", argumentou.
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