O Coritiba voltou a perder gols diante do Figueirense, mas desta vez não tomou nenhum. A conseqüência foi o placar de 0 a 0, ontem à noite, em Florianópolis. A segunda vitória consecutiva não veio. Porém o resultado foi considerado bom pelos jogadores e o técnico Cuca porque o time atuou com um jogador a menos – e tomou pressão – desde os 18 minutos do segundo tempo.

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Com o ponto conquistado em Santa Catarina, o Coxa chegou a 21 no Brasileiro e manteve a 12.ª posição. Agora está sete atrás do bloco de classificação para a Libertadores e oito acima da zona de rebaixamento. Na primeira meia hora, o Coritiba jogou como quis e só não abriu vantagem porque repetiu os erros nas finalizações. Foram cinco bons momentos ofensivos. Caio e Alexandre tiveram as chances mais claras: o primeiro bateu para fora e o outro parou em Édson Bastos.

A melhor chance seria num pênalti cometido por Bebeto em Caio. No entanto, o árbitro paulista Luís Marcelo Vicentin Cansian ignorou o puxão de camisa na área.

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Parece que está virando rotina penalidades deixarem de ser marcadas para o Coxa. Ontem foi a sétima. No campeonato inteiro apenas cinco foram assinaladas a favor da equipe. "Fui puxado e o árbitro não deu o pênalti. Mas também perdi um gol que daria mais tranqüilidade ao time", admitiu o meia Caio ao sair para o intervalo.

No fim da primeira etapa o time da casa equilibrou a partida e passou a arriscar chutes de fora da área. Mas pouco assustou o goleiro Vizzotto. A mesma estratégia foi usada no início do segundo tempo pelo Coxa, que manteve o controle das ações até por volta dos 15 minutos.

Mas dois momentos quase colocaram tudo a perder. Primeiro, Vizzotto teve de sair nos pés de Marquinhos Paraná para evitar o gol dos catarinenses. Em seguida, o coxa-branca Marquinhos fez falta em Edmundo na entrada da área, tomou o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Mesmo com um a menos, o Coritiba teve forças para assustar, apostando em jogadas individuais dos rápidos e habilidosos Caio e Alexandre. Porém, novamente eles não conseguiram acertar o gol.

Com um a mais em campo, o técnico Zé Mário resolveu arriscar e colocou o meia ofensivo Sérgio Manoel no lugar do zagueiro Eloy. O Figueirense partiu para a pressão e o Alviverde não conseguiu encaixar mais nenhum contra-ataque.

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Pelo menos a defesa, que não passava nenhum jogo sem tomar gol há 11 rodadas, desta vez foi muito bem. Os destaques foram Vágner, que marcou Edmundo com eficiência, e Vizzotto, que salvou um chute à queima-roupa do Animal. O time ainda contou com a sorte ao ver uma bola de Michel Bastos morrer na trave.

O técnico Cuca gosta de repetir que seu time não foi inferior a nenhum dos adversários que enfrentou até agora no campeonato – mesmo nas partidas que perdeu. Mas ontem admitiu que o Figueirense chegou mais perto do gol no segundo tempo. "Enquanto estava 11 contra 11 os momentos foram de igualdade ou superioridade do Coritiba. Mas quando a gente fica com um a menos, é complicado", justificou o treinador.

Em Florianópolis

Figueirense 0 x 0 Coritiba

FigueirenseÉdson Bastos; Eloy (Sérgio Manoel), Cléber e Bebeto; Paulo Sérgio, Axel, Bilu, Nildo (Marquinhos Paraná) e Michel Bastos; Edmundo e Adriano (Rogerinho). Técnico: Zé Mário.

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CoritibaVizzotto; Reginaldo Nascimento, Alexandre Luz e Vágner; Jackson, Márcio Egídio, Capixaba, Marquinhos e Rubens Júnior (Ricardinho); Caio (Silas) e Alexandre (Negreiros).Técnico: Cuca.

Estádio: Orlando Scarpelli.Árbitro: Luís Marcelo Vicentin Cansian (SP).Amarelos: Eloy e Paulo Sérgio (F); Rubens Júnior, Marquinhos e Reginaldo Nascimento (C).Vermelho: Marquinhos (C).Público pagante: 5.738. Total: 7.413.Renda: R$ 84.315,00.