A decisão de derrubar o formato 10,00, que era utilizado desde 1920 nos Jogos da Antuérpia, ganhou força depois de duas grandes controvérsias em Atenas. A primeira polêmica envolveu a decisão geral do masculino. A FIG anunciou o norte-americano Paul Hamm como vencedor da medalha de ouro após o desconto incorreto de um décimo do sul-coreano Yang Tae-young em sua rotina nas barras paralelas.
Apesar de reconhecer o erro, a federação se recusou a redistribuir as medalhas e os ataques foram maiores quando o caos se instalou na final da barra fixa para homens. Os torcedores interromperam a competição por dez minutos e forçaram os juízes a mudar a pontuação de Alexei Nemov, quatro vezes campeão olímpico.
"Antes o sistema se preocupava com o total de exercícios (bem executados) pelos ginastas e nós nos esquecíamos do alto nível das apresentações, já que a pontuação máxima era de dez pontos", comentou a presidente do comitê técnico feminino da FIG, Nellie Kim.
Com isso mesmo que um ginasta realizasse uma rotina fantástica ele poderia não marcar mais do que dez pontos, que foi o que aconteceu com Nemov em Atenas, na barra.
"Todo mundo entendeu que o exercício dele foi mais interessante e mais arriscado, mas os juízes não tinham as ferramentas para contemplar o que ele havia feito. Foi um sinal para começarmos a fazer algo diferente", acrescentou a ex-campeã.
Mas os críticos temem que o novo sistema de pontuação também possa tornar o esporte perigoso, pois encorajaria a perseguir pontuações altas, apesar do risco de contusão.
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